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23/11/2021
A restruturação dos terminais portuários e automatização dos processos são alguns dos movimentos que permitiram a evolução do Porto de Santos nos últimos anos, aumentando a eficiência, a competitividade e a velocidade dos embarques, além de garantir maior segurança aos processos e profissionais envolvidos.
Um bom exemplo desta transformação pode ser observado no Terminal Açucareiro Copersucar (TAC), localizado na margem direita do Porto de Santos. Inaugurado em 1998, para ser um ponto estratégico para as atividades de exportação da companhia, a estrutura tem, atualmente, capacidade de armazenagem estática de 300 mil toneladas de açúcar a granel, de atender embarcações de grande porte, acima de 100 mil toneladas, e de embarcar até 5,4 mil toneladas por hora.
Há cerca de duas décadas, toda a carga movimentada no terminal era acondicionada em sacas, o que tornava o processo mais lento. Para carregar um navio de aproximadamente 14 mil toneladas, por exemplo, eram necessárias 280 mil sacas ou, em média, seis dias de trabalho. Após a reestruturação do terminal para operar com açúcar a granel e a automatização do processo implementada nas últimas safras, o mesmo volume é embarcado em até 5 horas, um ganho de velocidade de 28 vezes.
De acordo com Luiz Carlos Farias de Sousa (43), que está há mais de 20 anos no terminal, o auxílio da tecnologia foi fundamental para conseguir embarcar uma quantidade muito superior ao que era feito quando ele entrou na companhia. “Esta evolução é considerada um grande salto na forma de trabalhar, onde conseguimos fazer a empresa ser ainda mais competitiva no mercado.”, afirma o supervisor de Operações, responsável por coordenar uma equipe de aproximadamente 40 pessoas. Neste período, Souza, que ingressou como encarregado de embarque, acompanhou cada expansão do terminal, passando pelas funções de operador e programador do Centro de Controle Operacional (CCO), até chegar à posição que ocupa hoje.
Outro colaborador que viu o avanço da tecnologia e a forma como as mudanças impactaram na maneira de trabalhar foi o operador do Centro de Controle Operacional (CCO), Luciano Martinez Carreiro (62). Há 19 anos na Copersucar como operador de CCO, ele conta que a função exigia mais esforço físico e muitas vezes ele precisava sair até a área operacional para verificar algum equipamento. “Hoje, isso não existe mais. O operador não precisa sair do local para exercer a sua função. Tudo é feito da mesa operadora. A principal vantagem é que ficamos mais concentrados, sem perder o foco”, explica.
Outro benefício, jamais pensado por ele, era a possibilidade de trabalhar em casa. Em razão da pandemia e por fazer parte do grupo de risco, há cerca de um ano e meio ele acompanha a operação de descarga de caminhões e vagões de forma remota. “Nunca pensei que a tecnologia fosse permitir que eu continuasse trabalhando fora do terminal”.
A evolução dos processos também contribuiu para implantação do padrão de segurança. Em 2016, o terminal açucareiro da Copersucar (TAC) lançou a Campanha Operação Segura, com o objetivo de reforçar a prevenção e a cultura de segurança do terminal. “A segurança é fundamental para termos equilíbrio nas atividades, ela vem em primeiro lugar e é a nossa maior prioridade”, comenta Luciano Bragança (44), coordenador de Operações do TAC e colaborador há 22 anos.
Bragança iniciou na Copersucar aos 21 anos de idade como auxiliar de operações. Até chegar a coordenador, passou pelas funções de encarregado de embarque, supervisor de Operações e de CCO. Hoje, é responsável por aproximadamente 250 colaboradores diretos e indiretos. “É um grande desafio. É enriquecedor trabalhar com gestão de pessoas e ter a oportunidade de ver o desenvolvimento de todos, principalmente em momentos de promoções, quando acompanhamos o crescimento profissional e evolução dos colaboradores”, comenta.
Novas tecnologias mudaram o perfil do profissional portuário
Ao longo desses anos, o perfil do trabalhador portuário vem se reestruturando. O conhecimento de novas tecnologias e a procura por capacitação caminham lado a lado para quem busca o desenvolvimento profissional no Porto de Santos.
É o caso de, Harrisson Henrique de Souza, colaborador no terminal da Copersucar. Cinco meses após ingressar na função de mecânico, ele foi aceito no curso de ensino superior, para estudar Engenharia Mecânica. O incentivo veio através dos colegas de trabalho. “Eu sempre tive o sonho de fazer engenharia e quando entrei na empresa, após tantos incentivos, não quis perder tempo”, afirma.
O diploma de engenheiro foi conquistado em 2020 e Souza não parou por aí, começando neste ano um MBA em Gestão da Qualidade. “Estudar e me qualificar é uma satisfação pessoal. Quando eu ingressei na Copersucar via muitas pessoas apenas com nível técnico. Hoje, percebo essa mudança e vejo muitos colaboradores com nível superior e especializações. Isso quebra paradigmas, pois as pessoas começam a acreditar em si mesmas e não enxergam limites”, enfatiza.
Além da experiência na área, o profissional, que já tinha no currículo cursos técnicos de mecânica e manutenção industrial, ocupa hoje a função de auxiliar de Planejamento e Controle de Manutenção, sendo responsável pela programação das atividades das equipes de elétrica e automação e pelo desenvolvimento do calendário de preventivas, reparos e inspeção de equipamentos. “Fico feliz em saber que estarei preparado para as oportunidades que surgirem pela frente, trazendo sempre o meu melhor para a empresa”, conclui.
O coordenador de Engenharia e Manutenção do terminal da Copersucar, Ubiratan Vargas Xavier, é um exemplo claro que vontade de se capacitar para crescer profissionalmente e alcançar os objetivos não tem idade. Com 53 anos de idade, ele concluiu recentemente o ensino superior e recebeu o diploma de engenheiro civil. Hoje, após cinco anos de empresa e tendo começado como técnico de Manutenção Civil, Xavier assumiu um novo desafio: a coordenação de Engenharia e Manutenção. “Idade não faz diferença. Acredito que o processo de busca pelo aprendizado deva ser constante e mutável, pois você não precisa ficar preso à sua área de conhecimento e pode ampliar esse horizonte. Isso pode fazer a diferença na sua carreira”, afirma.
O incentivo empresarial também é um importante impulsionador para o desenvolvimento dos profissionais. Em 2017, o TAC criou o Sistema Integrado de Melhorias Operacionais (SIM), um programa para aumentar a eficiência de processos nos terminais e fortalecer a cultura de melhoria contínua entre os colaboradores. “Capacitação e aprimoramento são ações de rotina no terminal. Todas as melhorias são analisadas, testadas e implantadas”, comenta Rodrigo Lima, gerente-executivo de Operações da Copersucar.
No último mês, os colaboradores da companhia alcançaram a marca de mais de 1.000 kaizens concluídos, projetos de melhoria baseados na metodologia de gestão Lean, que propõe reunir conhecimento para eliminar desperdícios, reduzir custos, aumentar produtividade e resolver problemas de maneira sistemática. Desde a criação do programa, também foram realizadas 1.371 capacitações e 688 horas de treinamento.
Fonte: Assessoria de Imprensa Copersucar - GWA Comunicação Integrada