A desvalorização do real ante o dólar pressionou os preços futuros de açúcar nas bolsas de Nova York e Londres na última sexta-feira (31). Com o enfraquecimento da moeda brasileira, exportadores têm um incentivo para vender o produto, pois acabam recebendo mais após a conversão.Em Nova York, os contratos para julho/13, perderam 10 pontos, fechando o dia cotados a 16,55 centavos de dólar por libra-peso, menor nível desde 1º de julho de 2010. Em Londres, os contratos com vencimento para agosto/13, foram negociados a US$ 477,36, o equivalente a US$ 0,10 a menos por tonelada da commodity.Para o analista da corretora Newedge, à Dow Jones Newswires, Alex Oliveira, "o que importa não é o preço do açúcar [em dólares], mas quantos reais eu ganho com as exportações" afirmou. Segundo ele, também pesou sobre as cotações da commodity o excedente global recorde de açúcar, que somará 10 milhões de toneladas no fim da safra 2012/13, segundo dados da Organização Internacional do Açúcar. As informações são do Valor Econômico de hoje (3).No mercado interno a commodity registrou alta de 0,50%. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), as usinas paulistas negociaram a saca de 50 quilos do tipo cristal a R$ 44,51 ante os R$ 44,29 da véspera.EtanolO preço do etanol hidratado subiu 0,42% nas usinas de São Paulo na semana de 27 a 31 de maio. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), o litro do hidratado saiu de R$ 1,0876 para R$ 1,0922 o litro. O preço do anidro, misturado em 25% na gasolina, variou de R$ 1,3103 para R$ 1,2928 o litro, queda de 1,35% no mesmo período.Quanto ao índice diário medido pelo Esalq/BVMF, o preço do etanol hidratado registrou retração de 0,10%. O biocombustível foi negociado na sexta-feira (31) pelas usinas paulistas a R$ 1.024,50 o metro cúbico ante os R$ 1.025,50 da véspera.Segundo pesquisa da Folha de São Paulo realizada em 54 postos de combustíveis, o consumidor pagou R$ 1,842 por litro do etanol hidratado, em média, na última semana, queda de 3%. Em 30 dias, o preço do álcool ao consumidor já caiu 9%. Esse movimento é explicado pelo avanço da colheita da cana-de-açúcar, que teve início entre março e abril."Com a maior oferta da matéria-prima, o etanol ganha competitividade em relação à gasolina. Hoje o preço do derivado da cana já equivalia a 67% do combustível fóssil", traz a Folha.