Os contratos futuros do açúcar iniciaram a semana com forte alta nas bolsas internacionais, com o mercado atento às projeções de fim de safra antecipado em muitas unidades do Centro-Sul do Brasil, em decorrência de fortes chuvas que atrapalham a colheita de cana. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar.
Analistas da Barchart destacaram que a alta dos preços desta segunda-feira (18), para as máximas de uma semana, eram consequência das “perspectivas de novos fechamentos sazonais de usinas no Brasil para reduzir a produção de açúcar. A Wilmar International projeta que o número de usinas de açúcar fechadas no Brasil, atualmente em 38, mais que triplicará este mês, reduzindo drasticamente a produção de açúcar do país”.
“As usinas de açúcar no Brasil normalmente param de processar cana durante os meses mais chuvosos de dezembro e janeiro e podem retomar as operações já em março, dependendo do clima. No entanto, as fortes chuvas recentes deste mês no Brasil levaram ao fechamento das usinas de açúcar mais cedo do que o esperado”, disseram eles.
Nova York
Na ICE Futures de Nova York a segunda-feira viu todos os lotes do açúcar bruto fecharem valorizados. O contrato março/25 foi comercializado ontem a 22,20 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 62 pontos no comparativo com a sessão anterior. Já a tela maio/25 subiu 55 pontos, contratada a 20,65 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 7 e 48 pontos.
Londres
Na ICE Futures Europe, de Londres, todos os lotes do açúcar branco também fecharam valorizados. O contrato março/25 foi comercializado a US$ 573,50 a tonelada, valorização de 18,50 dólares no comparativo com os preços de sexta-feira. Já a tela maio/25 valorizou 16,10 dólares, contratada a US$ 566,90 a tonelada. Os demais lotes subiram entre 7,70 e 13,40 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a segunda-feira foi de alta também nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 168,16 contra R$ 167,72 de quinta-feira passada, valorização de 0,26% no comparativo.
Etanol hidratado
Pelo segundo dia seguido as cotações do etanolhidratado fecharam no vermelho pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado ontem pelas usinas a R$ 2.746,50 o m³, contra R$ 2.751,00 o m³ praticado na quinta-feira passada, desvalorização de 0,16% no comparativo.