O início da colheita de cana-de-açúcar no Brasil pesou sobre as cotações internacionais do açúcar, que se aproximaram do menor patamar em 32 meses. Nesta terça-feira (2), com contratos no vencimento para maio/13, a commodity registrou perdas de 0,56% e 0,18%, em Nova York e Londres, respectivamente. No mercado interno, as usinas paulistas negociaram a commodity com recuo de 0,37%, com a saca de 50 quilos negociada a R$ 42,93.Na Bolsa de Nova York, os papéis para maio/13 fecharam o dia cotados a 17,59 centavos de dólar por libra-peso, 10 pontos a mais que na véspera. Em Londres, com contratos no mesmo vencimento, a tonelada de açúcar foi negociada a US$ 502,40, o equivalente a US$ 0,90 a menos por tonelada se comparado à cotação de quinta-feira (28), quando foi negociada a US$ 503,30.De acordo com informações do Valor Econômico de hoje (3), o presidente da corretora Jenkins Sugar Group, Frank Jenkins, afirmou não acreditar que a "desvalorização da commodity será muito brusca nesta semana. Ele estimou que os preços continuarão a oscilar nas próximas sessões na faixa entre 17,25 e 17,75 centavos de dólar por libra-peso", publicou o jornal reproduzindo nota da Dow Jones Newswires.Na tarde de ontem (2), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), divulgou uma nova atualização de moagem da safra 2012/13. Segundo a entidade, no acumulado da safra, de abril/12 até a primeira quinzena de março/13, a região Centro-Sul do Brasil produziu 34,09 milhões de toneladas de açúcar, direcionando 49,54% da cana para a produção da commodity. No período apurado as usinas da região processaram 532,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Com a temporada tecnicamente encerrada, o volume total de açúcar produzido foi 8,91% maior que o registrado na safra 2011/12.