Os preços do açúcar fecharam a semana mistos nos mercados externos, com valorização de 0,28% em Londres e recuo de 0,10% em Nova York. No Brasil a commodity também registrou queda. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), as usinas paulistas negociaram a saca de 50 quilos do tipo cristal a R$ 47,31 ante os R$ 47,42 de quinta-feira (7). Em Londres, com contratos no vencimento para maio/13, o preço do açúcar registrou ganhos de US$ 1,50 a tonelada, fechando o dia cotado a US$ 534,10 a tonelada. Em Nova York, os contratos no mesmo vencimento fecharam cotados a 18,75 centavos de dólar por libra-peso, 2 pontos a menos em relação à véspera quando a commodity saiu cotada a 18,77 centavos de dólar por libra-peso. No artigo "Mexendo o caldo", o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, fala sobre a preocupação com as cotações do açúcar nos mercados internacionais diante de questões climáticas, eventuais greves e congestionamento nos portos brasileiros e quanto à mudança na estrutura de impostos do etanol. "Condenado a ficar nesse estreito intervalo de preços entre 18 e 20 centavos de dólar por libra-peso por um longo tempo, em função dos fundamentos, o mercado pode sofrer espasmos corretivos que quebrem a linha de cima. Como ocorre sempre nas commodities, os preços exageram na alta e na baixa", explica Corrêa.Nesta segunda-feira (11), alguns jornais brasileiros já noticiam o inicio da safra 2013/14 em algumas unidades no Centro-Sul do Brasil. Segundo a previsão da Archer Consulting, a atual temporada poderá atingir 585 milhões de toneladas para uma produção de 35,6 milhões de toneladas de açúcar e 25,2 bilhões de litros de etanol. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima uma temporada recorde entre 590 milhões e 600 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.