Os contratos futuros do açúcar registraram valorização nas bolsas de Londres e Nova York neste inicio de semana. Em Londres, com contratos para março/13, a tonelada registrou ganhos de US$ 13,10, fechando cotada a US$ 498,00. Em Nova York, os contratos no mesmo vencimento, fecharam cotados a 18,23 centavos de dólar por libra-peso, 15 pontos a mais se comparado à véspera.Essa reação nos preços da commodity refletem o anúncio sobre a queda na produção de açúcar da Índia na temporada 2013/14. Segundo informações divulgadas pela agência Reuters, na última segunda-feira (11), à medida que uma seca reduz a área de produção em três importantes Estados, as previsões mostram recuo para abaixo do nível de consumo pela primeira vez em quatro anos. Essa redução pode causar uma alta nos preços globais do açúcar, com o maior consumidor mundial de açúcar importando a commodity a fim de manter seus estoques e para aproveitar os preços mais baixos no Brasil.De acordo com dados da Associação das Usinas de Açúcar Indianas (Isma, na sigla em inglês), os Estados de Maharashtra, Karnataka e Tamil Nadu devem produzir 12,2 milhões de toneladas, ou mais da metade da produção total da Índia, na temporada 2012/13, que termina em 30 de setembro. No total, a Índia deve produzir 24,3 milhões de toneladas de açúcar no atual ano, comparado com uma demanda de cerca de 23 milhões de toneladas.Mercado internoNo Brasil, a commodity também registrou ganhos. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), as usinas paulistas negociaram a saca de 50 quilos do tipo cristal a R$ 47,88, alta de 0,56% ante os R$ 47,61 da véspera.Segundo informações divulgadas pelo analistas do Cepea/Esalq na manhã de hoje (14), a oferta de açúcar nesta entressafra continua sendo suficiente para atender à demanda. Esse cenário, de acordo com levantamentos do Cepea, "tem resultado em ligeiras, mas sucessivas, desvalorizações do açúcar no mercado spot paulista", dizem os profissionais em nota. Na parcial de 2013, o indicador Cepea/Esalq acumula baixa de 4,75%.
