O Brasil dá mais um passo importante para a exportação de sêmen e embriões bovinos para a Índia. A Associação Brasileira da Inseminação Artificial (Asbia), a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) assinaram um estudo solicitado pela NDDB (National Dairy Development Board), entidade do país asiático.
O estudo consiste em uma análise técnica das exigências da licitação para a aquisição de genética bovina. A análise sucedeu o documento enviado em maio para a Índia, que detalhou os parâmetros zoogenéticos e outros importantes pontos do edital de exportação de sêmen e embriões, assinado, na época, pelo presidente da Asbia, Márcio Nery; o presidente da ABCZ, Dr. Rivaldo Borges; o ex-gerente executivo da Asbia, Dr. Carlos Vivacqua, e a diretora da ABCZ, Dra. Ana Claudia Souza.
"O projeto prevê a exportação de 250 mil doses de sêmen e embriões, movimentando quase R$ 12 milhões, ou US$ 2 milhões. É um marco, não só para o mercado genético nacional, mas também para a cooperação entre o Brasil e a Índia em prol do melhoramento genético dos rebanhos", comenta Márcio Nery.
O atual gerente executivo da Asbia, Cristiano Botelho, comemora mais uma etapa concluída para a concretização do projeto de exportação de genética para a Índia.
"É o reconhecimento mundial do valor da genética brasileira e o seu potencial transformador para o progresso, a eficiência e a produtividade dos rebanhos nacionais e internacionais. As oportunidades que este projeto representa para o Brasil e para o mundo são muito impactantes", considera.
Expectativa
As três entidades envolvidas no projeto trabalharam juntas para estabelecer um consenso sobre os aspectos genéticos e a capacidade de oferta nacional e logística de entrega de sêmen e embriões.
As associações preveem que as relações internacionais firmadas com a exportação do material genético abrirão as portas para a multiplicação do envio de sêmen e embriões brasileiros para outras regiões da Ásia.