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15/03/2019
A mecanização total apresenta-se como a única opção para a colheita da cana-de-açúcar, seja dos pontos de vista ergonômico, econômico, legal ou ambiental, já que apenas o corte mecânico viabiliza a colheita sem queima prévia e, consequentemente, o aproveitamento do palhiço na cogeração de energia e/ou produção de etanol de segunda geração.
Com seis polos produtivos, localizados nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, a ATVOS acredita que uma colheita mecanizada eficiente é a chave para o sucesso da empresa. Por conta disso, investe parte de seus esforços para a melhoria contínua de todos os elos que envolvam a operação.
Para o gerente de tecnologia agrícola da ATVOS, Douglas Rocha, no setor canavieiro, onde um complexo de atividades está interligado, a eficiência da colheita mecanizada está diretamente ligada a quatro elementos-chave: área e solo, cana, máquina e operador. Durante os dias 27 e 28 de março, o profissional participará do 21º Seminário de Mecanização e Produção de Cana para contar os segredos desses quatro fatores para os participantes do evento, realizado anualmente pelo Grupo IDEA em Ribeirão Preto/SP.
Rocha explica que tudo começa pela sistematização da lavoura. Segundo ele, o formato dos talhões, o nivelamento das áreas e o sistema viário são itens muito importantes na eficiência do CCT. “A falta de planejamento e de sistematização, além de aumentar os custos, acarretará diversos prejuízos ao sistema, como redução da capacidade operacional das máquinas, maiores riscos de acidentes ou arranquio de soqueiras e perdas de área produtiva em carreadores.”
Além disso, o profissional ressalta que toda a área reformada ou de expansão deverá ser vistoriada para correção de possíveis imperfeições, como estrias, sulcos de erosão e depressões.
Já as curvas de nível remanescentes em área de expansão deverão ser eliminadas, evitando que o plantio e, consequentemente a colheita, sejam realizadas transversalmente nesta configuração. “A presença de curvas transversais às linhas de canas e algumas construções de vírgulas e sistema de mata-mata ocasionará, entre outros prejuízos, deformações permanentes ou quebras nas estruturas das colhedoras, batidas do elevador contra a lateral dos transbordos, sobre-esforços no trem de força e arranquio de soqueiras, além de aumento das porcentagens de perdas, dos riscos com acidentes e das horas com manutenção mecânica.”
Em seguida, Rocha afirma que a preocupação deverá ser com as canas que estão alocadas nessas áreas. Se são variedades de alto ou baixo potencial ou se estão infestadas ou limpas. “Como não tenho uma cana padrão, preciso enxergar as nuances de cada planta. São variáveis determinantes que interferem na operação da máquina, que considero como o terceiro elemento-chave.”
De acordo com ele, um conhecimento detalhado das colhedoras é essencial para o sucesso da operação. “É preciso saber o nível de conservação de cada máquina, como foi realizada sua manutenção e se possui tecnologia embarcada, por exemplo.”
Sobre o processo de manutenção das colhedoras, o gerente de tecnologia agrícola explica que, logo após sua fabricação, as máquinas começam a se deteriorar. Dessa forma, uma correta manutenção (preditiva, preventiva ou corretiva) é um fator de suma importância, que pode dobrar a vida útil dos equipamentos.
“Uma correta manutenção dos componentes são ações mínimas e necessárias para manter alta a disponibilidade das máquinas e prolongar sua vida útil, evitando desgastes prematuros e gastos adicionais com a reposição de peças e mão de obra mecânica”, afirma Rocha. “Caso os cuidados forem inadequados, os custos de produção podem se elevar além do aceitável.”
Por fim, ele aponta que o quarto elemento-chave para uma alta eficiência na colheita mecanizada é o fator humano. Segundo ele, todos os líderes, supervisores e coordenadores de CCT e de outras áreas (logística, manutenção, qualidade, segurança e preparo de solo/plantio) passam por treinamentos sobre os principais procedimentos das frentes de colheita mecanizada e demais operações. “Para nos mantermos alinhados, são realizados continuamente workshops, conference calls e acompanhamentos no campo, além da elaboração de manuais de melhores práticas”, afirma.
O profissional ressalta que não existe uma receita de bolo. Uma vez estudados, esses quatro elementos juntos fornecerão um plano de ação diferente para cada condição a fim de que seja possível tirar da situação – às vezes adversa – o melhor resultado possível.
Para saber mais detalhes sobre a operação de colheita mecanizada de alta performance da ATVOS não perca o 21º Seminário de Mecanização e Produção de Cana. Conheça a programação completa do evento no site www.ideaonline.com.br. As inscrições poderão ser realizadas até 26 de março.
Serviço
21º Seminário de Mecanização e Produção de Cana
Data: 27 e 28 de março de 2019
Local: Centro de Eventos Taiwan de Ribeirão Preto/SP
Mais informações: (16) 3211-4770
Site para inscrições: www.ideaonline.com.br
Fonte: CanaOnline