Nesta sexta-feira, 28/4, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação de um grupo de trabalho técnico, no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), para estudar os efeitos do aumento da participação do etanol na gasolina como forma de melhorar a independência energética do País.
“O anúncio feito em Uberaba durante o lançamento da Safra Mineira de Açúcar e Etanol vai muito além da redução das importações do petróleo, sendo um passo fundamental para o Brasil descarbonizar ainda mais a sua matriz de transporte, tornando a mobilidade nas suas cidades mais limpa”, comenta Luís Roberto Pogetti, Presidente do Conselho da Copersucar.
Considerando o aspecto ambiental, estima-se que o aumento de três pontos percentuais de etanol na gasolina (de 27% para 30%) aumente o consumo do biocombustível em aproximadamente 1,3 bilhões de litros, o que evitaria a emissão de mais de 2,8 milhões de toneladas de CO2 por ano.
O executivo ainda lembra que a redução da poluição em grandes cidades brasileiras nas últimas décadas teve uma grande contribuição do etanol, seja na composição com a gasolina ou no seu uso exclusivo no tanque, principalmente após a criação do carro flex há 20 anos.
“Um bom exemplo vem de São Paulo. Considerando que a cidade é uma das 10 cidades mais populosas do planeta e está entre as 50 com o pior trânsito do mundo, é normal esperar que ela se encontre entre as cidades mais poluídas. Entretanto, a capital paulista não aparece nem entre as 1500 cidades mais poluídas. A participação do etanol com mais de 40% da matriz de combustíveis de carros leves é um fator importante desta equação positiva para o meio ambiente e para a sociedade”, completa Pogetti.
Este movimento de aumento do etanol na gasolina ganha força em outras áreas além da sucroenergética, uma vez que tem encontrado apoio também no setor automotivo que vem criando as condições necessárias para ampliar o teor de bicombustível sobre o fóssil nos veículos leves.