Brasil, China e Estados Unidos serão os grandes protagonistas na corrida mundial de biocombustíveis de segunda geração. É o que aponta o estudo “Rumo a uma economia de etanol de próxima geração,” divulgado no último dia 12 nos EUA pela Bloomberg New Energy Finance.Para o gerente de Sustentabilidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Luiz Fernando do Amaral, o mérito do trabalho está em apontar que é enorme o potencial de produção desses países para os biocombustíveis de segunda geração. “No caso brasileiro, a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar ajuda-nos neste know-how, além da matéria-prima abundante. O próprio bagaço de cana pode ser aproveitado na produção desse biocombustível,” afirma.O estudo da Bloomberg revela que os resíduos de cana e trigo são os de potencial de escala para a produção de bicombustíveis de segunda geração. De acordo com o trabalho, 23% desse potencial global estão nos resíduos agrícolas resultantes da cultura de cana.O trabalho mostra também que a questão da logística de colheita e distribuição da biomassa é um dos grandes desafios para várias culturas. Tema foi discutido durante o Cana Show 2011, realizado pelo CTCNo dia 7 de dezembro o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira)realizou o Cana Show 2011, evento aguardado durante todo o ano pelo profissionais do setor sucroenergético. No encontro, Thomas Bernd Ritter, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Industrial do CTC, falou sobre o assunto. “Em 2012 vamos construir em Piracicaba uma planta modelo semicomercial de etanol celulósico acoplada a uma usina tradicional”, anunciou.Segundo o diretor, a expectativa é de que a pesquisa desenvolvida pelo CTC tenha aplicação em escala industrial em até cinco anos.