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24/01/2024
Levantamento aponta que o país passa de 3,3 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica
Levantamento recém-divulgado aponta que, de 2012 a 2023, os investimentos em sistemas solares fotovoltaicos somaram cerca de R$ 130,7 bilhões. Ao todo, foram gerados cerca de 780,1 mil empregos no período. Os negócios na área resultaram em R$ 39,2 milhões em arrecadações destinadas aos cofres públicos, como aponta a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Ainda segundo a entidade, o Brasil conta atualmente com, aproximadamente, 2,3 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Outra marca que se destaca é a da geração de energia solar, que ultrapassou neste início de ano os 26 gigawatts (GW) de potência instalada em para diferentes usos - residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil. Com isso, o país passa de 3,3 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica.
Potencial
“Há muito espaço para crescer, já que o Brasil possui cerca de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo”, analisa Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.
Entre as razões do crescimento da energia fotovoltaica estão a disseminação da pauta ambiental nas empresas e a perspectiva de redução dos gastos com a conta de luz.
Segundo projeção da consultoria Volt Robotics, até 2031, a economia líquida na conta de luz graças aos sistemas solares em telhados e pequenos terrenos deve ultrapassar os R$ 84,9 bilhões.
Os dados da Absolar foram divulgados um dia antes de a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Aneel) anunciar que a conta de luz deve subir 5,6% em 2024, acima da inflação projetada para o período, de 3,87%.
O estudo da Volts Robotics, de 2023, mostra que os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema elétrico nacional, ante a uma tarifa média residencial de R$ 729 por MWh (dados da Aneel, divulgado no ano passado) no Brasil.
O objetivo do estudo, segundo a Absolar, foi calcular os custos e benefícios da microgeração e da minigeração distribuída, segundo o artigo 17 da Lei nº 14.300 (de 06/01/22), responsável por estabelecer o marco legal do segmento.
Quem produz mais
Veja os estados brasileiros que lideram no ranking de geração distribuída (GD) – como é chamada a geração de energia que utiliza sistemas geradores próximos ou até na própria unidade consumidora (casas, empresas e indústrias) e interligados à rede elétrica pública.
Estado Potência gerada Participação
(MW) (em%)
São Paulo 3.313,0 13,6
Minas Gerais 3.291,4 13,5
Rio Grande do Sul 2.591,4 10,3
Paraná 2.345,3 9,6
Mato Grosso 1.435,3 5,9
Fonte: exame.com/esg