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13/05/2020
A forma como o sistema alimentar está estabelecido, com um elevado consumo de recursos naturais e uma alta taxa de desperdício, não é mais viável para o planeta. Por isso, esse mercado precisa se transformar. E a tecnologia é um grande aliado nesse processo.
Nesse sentido, a NotCo, foodtech chilena, vem criando produtos alimentícios inovadores e disruptivos a partir da combinação de inteligência artificial e ciência molecular aplicada. “Precisamos transformar o sistema alimentar para ser mais sustentável. Isso significa menos consumo de água e energia, menor emissão de gases poluentes e menor nível de contaminação em solos, protegendo, dessa forma, o meio ambiente”, ressaltou Luiz Augusto Silva, presidente da NotCo Brasil, durante a BW Live, promovida ontem, terça-feira, dia 12 de maio, no perfil@bwexpo no Instagram. A apresentação foi de Vagner Barbosa, responsável pelo marketing da BW Expo e Summit 2020.
Contudo, além da questão ambiental, Silva acrescentou que esse alimento também precisa ser saudável e saboroso, que faça com que as pessoas se apaixonem pelo produto. “As pessoas já entenderam que o atual sistema não pode continuar como está e que sua saúde está ligada à qualidade do alimento e na forma de se alimentar. Porém, elas se sentem presas a uma relação muito profunda com a alimentação que conhecem. Assim, é preciso ter alternativas interessantes para preencher essa lacuna psicológica, para que elas migrem, dessa forma, para uma nova proposta mantendo intacta e preservada sua memória afetiva”, explicou.
Somada à questão do consumo, está também a forma de produzir. Para o presidente da NotCo, o agribusiness precisará ter um novo olhar para atender as novas demandas de alimentação. “Não acredito que haverá menos agricultura, mas sim uma transformação no sistema atual, que tem um foco maior na monocultura”, disse. “É preciso parar com a monocultura e investir na rotação de culturas, culminando em menos área plantada e mais espaço para uma diversidade de alimentos produzidos. A eficiência, sem dúvida, será muito maior”.
Outro aspecto importante é a tecnologia. Atualmente, existem diversas frentes de trabalho no setor, com o propósito de desenvolver alimentos saudáveis e sustentáveis. Entre os exemplos estão as técnicas de fabricação à base de plantas, como a NotCo, de atividade microbiana e agricultura celular. “Quanto mais tecnologia surgir, mais o mundo avança”, afirmou Silva, que relembrou que, independentemente da inovação, o consumidor está sempre no foco.
No caso da NotCo, a startup utiliza uma inteligência artificial, que conta com informações de quase dez mil famílias de plantas. Por ser um sistema inteligente, o software sempre está em processo de aprendizado. Desse modo, ele sugere receitas, criando combinações (pouco prováveis) de alimentos (matérias-primas). Se o resultado for interessante, há um refinamento do processo até chegar à fórmula final do novo produto, que será produzido em escala industrial. “Sem essa tecnologia, quanto tempo um engenheiro de alimentos chegaria nesse resultado?”, ponderou.
Entretanto para apresentar essa proposta alimentar a NotCo precisa superar desafios, sendo o principal a carga tributária, que faz com que seus produtos tenha um valor superior se comparado ao alimento tradicional. “Na Europa e nos Estados Unidos, já há uma discussão para que haja uma tributação mais vantajosa para produtos alternativos, que são melhores para as pessoas e para o planeta”, comentou Silva, que avaliou que o mínimo seria obter uma equivalência tributária, a fim de que haja mais competitividade no mercado.
Para assistir a íntegra da BW Live, basta acessar oYouTube.
Fonte: Fonte: Mecânica de Comunicação
Fonte: Fonte: Mecânica de Comunicação