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24/07/2019
Café é uma iguaria degustada pela maioria dos brasileiros e uma das bebidas mais consumidas no mundo. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos. É sempre muito bem-vindo seja na hora do café da manhã, depois do almoço ou entre uma reunião e outra. Uma das formas mais práticas e rápida de consumi-lo é o café solúvel. O preparo é extremamente simples: misture água quente com o café e mexe. Outra combinação perfeita para o solúvel é misturar ao leite e obter a cremosidade do café com leite.
Para fortalecer o potencial de qualidade, variedade e tecnologia do produto a ABICS – Associação Brasileira das Indústrias de Café Solúvel – em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) lançam uma marca setorial para o café solúvel brasileiro para fomentar o mercado interno e expressar maior evidência ao mercado internacional – Crie & Curta (versão em inglês – “Explore&Enjoy”). Criado pela agência GAD, o conceito da marca tem como essência promover a experiência de consumo do produto, mostrando a variedade e a riqueza de possibilidades no uso em receitas. Um selo vai estampar as embalagens do produto exportados e os que ficam no mercado interno, assegurando a origem e qualidade.
“Nosso café solúvel está na liderança há mais de 50 anos, graças aos nossos compromissos honrados, levando um café de alta tecnologia, de qualidade e sempre cumprindo com os períodos de entrega. Temos mais de 25 certificações de controle de processos, qualidade, segurança alimentar, sustentabilidade e de categorias específicas como: orgânicos, kosher, halal, entre outros. São chancelas fundamentais para a conquista dessa liderança”, afirma Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abics.
Para fomentar o consumo interno, o foco será demonstrar aos consumidores a praticidade e multiplicidade de uso do café solúvel. Ampliar o público consumidor, galeras amantes de trilhas, ciclismo, campings, pescaria, maratonas, esporte ao ar livre, entre outros. “Café solúvel é uma bebida energética e preparada de uma forma muito rápida. Queremos mostrar para o consumidor que este tipo de café tem vários sabores, inúmeras formas de preparo e de uso com grande versatilidade e praticidade”, complementa Aguinaldo.
Para atender os mercados nacional e internacional as indústrias de café solúvel estão cada vez mais investindo no Brasil. Três delas anunciaram investimentos em ampliação de processamento e na construção de novas unidades, na ordem do equivalente a R$ 1 bilhão de reais até 2022. Duas novas fábricas serão instaladas no estado do Espírito Santo: Cia Cacique e a multinacional de Singapura, Olam Coffee. Já a Cia Iguaçu, pertencente ao Grupo Marubeni Corporation Japan, ampliará sua capacidade em sua planta na unidade de Cornélio Procópio, Paraná. “O café solúvel é o 12° produto do agronegócio, faturando US$ 600 milhões de dólares por ano em divisas para o país, com a perspectiva de crescimento de 5% em volume e 2% em faturamento este ano”, ressalta o diretor.
Além dos investimentos, nos últimos anos, ocorreram várias aquisições no setor, que, na avaliação da Abics, aqueceram o mercado de solúveis. Marcas da Cia Iguaçu foram adquiridas pela maior indústria de café torrado do Brasil, a 3 Corações, e as marcas da Cia Cacique adquiridas pela então segunda maior indústria de torrado do país, a empresa JDE (Jacobs Douwe Egberts Coffee). Essas aquisições fortaleceram a capacidade de distribuição do produto pelo país.
Há outras novidades como os lançamentos de produtos, com novos blends e embalagens, que prometem agitar o mercado, disponibilizados aos consumidores pela Nestlé - empresa líder de mercado interno de café solúvel - e pelas indústrias 3 Corações, JDE, Melitta, entre outras, além de empresas de cafeterias, como é o caso da Café Suplicy.
Indústrias de café solúvel
No Brasil, elas trabalham com uma grande variedade de produtos, que atendem tanto o mercado interno quanto o externo e todas são associadas à ABICS. A produção está concentrada em seis grandes players do setor (Nestlé, Café Iguaçu, Cacique, Campinho, Real Café e Cocam). Os produtos são oferecidos em diversos formatos, com características e qualidades específicas. No Brasil, o café solúvel corresponde a 5% do consumo total de café. A perspectiva é dobrar o consumo nos próximos cinco anos. “O café solúvel é muito bom para misturas, por exemplo, com leite, é matéria-prima para os capuccinos e outras combinações. Queremos ampliar nossa atuação no mercado brasileiro, incentivar o consumidor brasileiro com o café solúvel através das grandes marcas que têm capacidade de distribuição que o café solúvel chegue em qualquer ponto do país, oferecendo vários tipos e sabores”, comenta Aguinaldo.
Exportações de café solúvel registram aumento de 9,6 % em volume em comparação a 2018
No primeiro semestre de 2019, as exportações brasileiras de café solúvel aumentaram em 9,6% em volume, quando comparado com o mesmo período do ano passado, totalizando o equivalente a 1.861.793 de sacas de 60 kg. A receita cambial acumulada no período foi de quase US$ 275 milhões. Os principais destinos foram, EUA, Rússia, Indonésia, Japão e Argentina.
A expectativa de todo setor é que a performance seja ainda melhor no segundo semestre. A conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia é outra importante notícia para o solúvel brasileiro. “A retirada gradativa em quatro anos da tarifa de 9% aplicadas pela União Europeia às nossas exportações, ampliará muito favoravelmente a nossa competitividade, lembrando que o bloco econômico é o segundo maior destino das exportações de café solúvel, afirma o presidente da ABICS, Pedro Guimarães.
Exportação em 2018
Nesse ano às exportações de café solúvel renderam US$ 599,8 milhões, o equivalente a 3.725.656 sacas de 60kg em 2018, superando em 6% os embarques registrados em 2017. Já o faturamento caiu 7% em relação a 2017, de US$ 642,5 milhões para US$ 599,8 milhões.
Os principais compradores do café solúvel brasileiro foram: Estados Unidos com a compra de 644.301 sacas (US$ 97.256 milhões); Rússia, com 439.062 sacas (US$ 75,964 milhões); Japão com 304.074 sacas (US$ 65.791 milhões); Indonésia com 280.923 sacas (US$ 39,944 milhões) e Argentina com 239.564 sacas (US$ 32,921 milhões). Foram 105 países de destino.
Fonte: LN Comunicação
Fonte: LN Comunicação