Uma semana após autorizar as primeiras plantas brasileiras a exportar carne suína, as autoridades sanitárias do Canadá anunciaram a habilitação de outras duas plantas a exportar o produto, conforme informou ontem o Ministério da Agricultura à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Com as novas habilitações, o Brasil passa a contar com cinco unidades produtoras autorizadas a exportar carne suína para o mercado canadense. A abertura sanitária do mercado foi consolidada em março deste ano, após anos de negociações entre as autoridades dos dois países, como resultado direto das ações do Ministério da Agricultura, da Embaixada Brasileira e da adidância agrícola brasileira em Ottawa.
Assim como as três primeiras habilitações, as duas novas plantas habilitadas estão localizadas no estado de Santa Catarina. São unidades da Pamplona Alimentos, de Presidente Getúlio (SC), e da Cooperativa Central Aurora, de Joaçaba (SC).
“Com as novas habilitações, esperamos que o Canadá ganhe relevância no resultado final das exportações brasileiras de carne suína, aumentando a capilaridade dos embarques deste ano com produtos de bom valor agregado, como barriga e costela, em complementaridade à produção local. Ao mesmo tempo, há expectativa que as vendas para o Canadá contribuam para a redução da forte pressão interna sobre os produtores, que enfrentam custos de produção em patamares históricos”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
O Canadá é o terceiro maior exportador global de carne suína, com 1,5 milhão de toneladas exportadas em 2021. Ao mesmo tempo, o país é um importante comprador internacional, com importações de cerca de 250 mil toneladas registradas ao longo do ano passado.