O agronegócio brasileiro exportou 6% mais em quantidade em 2019 em relação ao ano anterior. No entanto, a queda superior a 8% nos preços médios derrubou o faturamento em dólar do setor, que caiu mais de 4%. Esses dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), em relatório.
Segundo o Cepea, milho, algodão em pluma, café e carnes foram as commodities agrícolas que mais contribuíram para a evolução dos embarques no ano passado. Além disso, as vendas para a China continuaram em alta. "A participação chinesa nas exportações totais do setor ficou em 32%, e a soja em grão continua sendo o produto mais importante da relação comercial entre os dois países", menciona o centro de estudos. "Além disso, o setor de pecuária se beneficiou da ocorrência da peste suína africana (PSA) no país asiático, uma vez que os chineses incrementaram as compras de carnes bovina, suína e de aves do Brasil."
Mesmo assim, a participação da China caiu um pouco em 2019 frente ao ano anterior. Por outro lado, destinos como zona do euro, Estados Unidos, Japão e Irã aumentaram a participação na pauta das vendas externas dos produtos do agronegócio brasileiro. Hong Kong e Coreia do Sul também se destacaram como importantes parceiros comerciais do Brasil ao longo do ano passado.