Digite o que procura
14/02/2020
Em janeiro, as chuvas fortes atingiram 51 cidades de Minas Gerais, 28 do Espírito Santo e 18 no Rio de Janeiro. Foi o janeiro mais chuvoso na história de Belo Horizonte e fevereiro já registra mais do que 60% do volume de chuvas esperadas para todo o mês. Nesta segunda,10, a chuva intensa que atingiu São Paulo gerou dezenas de pontos de alagamento e desabamentos na região metropolitana. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a cidade de São Paulo registrou entre a tarde de domingo (9) e a manhã de segunda (10) o segundo maior volume de chuva em 24 horas no mês de fevereiro dos últimos 77 anos. Essas chuvas intensas com maior frequência geram um impacto direto no transporte de cargas. Segundo levantamento da Cargo X, logtech brasileira fundada em 2013 com o objetivo de tornar as transportadoras brasileiras mais eficientes, as chuvas causaram 50% de queda no fluxo de transporte do sudeste e irá causar um aumento superior a 25% no preço dos produtos agrícolas e da cesta básica.
A mobilidade, condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas, e a infraestrutura de transportes no Brasil, estão sujeitas a perturbações e efeitos decorrentes de eventos e condições climáticas. Impactos na mobilidade urbana comprometem o deslocamento seja em modos motorizados ou não motorizados, serviços de transporte urbano de passageiros ou de cargas, coletivos ou individuais, públicos ou privados.
Por exemplo, segundo informações do Sincomat (Sindicato do Comércio Atacadista de Hortifrutigranjeiros e Pescados), grande parte da mercadoria que estava na Ceagesp, principal entreposto de armazéns da Grande São Paulo, foi prejudicada por causa do alagamento de segunda-feira, gerando um prejuízo de R$24 milhões. A companhia ficou fechada por dois dias para a entrada dos produtos e retornou às atividades nesta quarta-feira (12). Os setores mais atingidos pela enchente foram as frutas, as verduras e os legumes.
Levando em conta o cenário atual de fortes chuvas na região Sudeste, a Cargo X - startup que conta com mais de 20 mil transportadoras as quais disponibilizam mais de 400 mil caminhões na sua plataforma - que conecta transportadoras com capacidade ociosa a empresas que precisam de serviços de frete, verificou que houve uma queda de 50% no fluxo de transporte na região sudeste do país e como consequência disso, haverá um aumento superior a 25% no preço de produtos agrícolas e da cesta básica. A previsão para a normalização do preços é superior a dois meses.
“A chuva deverá causar uma interrupção na oferta de alguns produtos, fazendo com que a demanda desse item seja menor, assim os preços dos alimentos tendem a aumentar. A tendência é que, mesmo que a situação seja logo normalizada, o tempo para que o preço dos produtos volte ao que era antes das enchentes de segunda-feira seja de mais de 60 dias”, afirma o CEO da Cargo X, Federico Vega.
Fonte: JB Press House
Fonte: JB Press House