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19/01/2021
A chegada da temporada de primavera/verão traz consigo um aumento das temperaturas e da umidade relativa do ar em grande parte das regiões do País. Por outro lado, também cresce de forma exorbitante a infestação de carrapatos nos bovinos, em razão desse clima mais quente, gerando constantes preocupações aos pecuaristas do setor, já que esses parasitos causam uma série de problemas aos animais, dentre eles, a perda de peso, lesões na pele e anemia profunda.
A proliferação registra alta nesta época do ano porque as condições climáticas contribuem para a eclosão das larvas desse parasita, considerado um dos mais nocivos à pecuária, especialmente àquela que adota genótipos taurinos. Além da redução no ganho de peso e lesões, os carrapatos também são transmissores dos hemoparasitas causadores da Tristeza Parasitária Bovina (TPB), doença com alto índice de mortalidade nos rebanhos, principalmente em animais jovens.
Além da saúde e o bem-estar dos bovinos, a incidência de carrapatos também traz prejuízos significativos aos produtores. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a pecuária brasileira registra perdas que giram em torno de US$ 3 bilhões por ano devido à proliferação do parasito nos rebanhos. Isso acontece porque há uma diminuição significativa na produção de leite e de carne.
"Tanto no rebanho de leite quanto no de corte, os animais sofrem com a infestação deste parasito, que se alimenta de sangue, o que interfere diretamente no potencial produtivo dos animais, além de transmitir doenças, o que agrava ainda mais a queda de produtividade e atinge diretamente as finanças das propriedades, seja no lucro ou nos gastos", esclarece Octaviano Alves Pereira Neto, gerente Técnico para Gado de Corte da Elanco.
OS CARRAPATOS E A PECUÁRIA BOVINA
O carrapato é um desafio constante quanto ao seu controle, mas que com um rígido e eficaz planejamento, aliado a produtos de excelente qualidade, torna possível mitigar os prejuízos. Por isso é de extrema importância que o produtor conheça o ciclo do parasito nos bovinos, visando ao estabelecimento dos melhores programas de controle.
Existem algumas ações preventivas capazes de reduzir o número de carrapatos na propriedade, tal como, a rotação de pastagens, preferencialmente com agricultura, com o objetivo de diminuir a quantidade de parasitos no ambiente.
Para atingir melhores resultados no controle é preciso entender que ele deve ser realizado ainda quando a infestação é menor, como ocorre em determinadas regiões ao início da primavera (entrada da Estação das Águas). "É preciso atuar nos animais de forma estratégica ainda nos meses de seca, fase em que o parasita está mais susceptível às condições ambientais", explica Pereira.
Outra recomendação essencial é usar os produtos da forma correta, de acordo com as dosagens e concentrações, devidamente indicadas na bula. A utilização indiscriminada pode resultar na presença de resíduos no leite, na carne e no meio ambiente. Outro problema do uso incorreto e intenso está relacionado à resistência do carrapato aos produtos disponíveis no mercado. Portanto a escolha desses produtos é de fundamental importância.
Além dos cuidados com os animais é necessário cuidar com a mesma seriedade do ambiente onde ele vive. Uma pastagem infestada é o problema inicial grave. As larvas do carrapato, após a eclosão, sobem no animal e completam seu ciclo de vida parasitária em aproximadamente 22 dias, período no qual se transformam em ninfas e depois em adultos, sugam o sangue e se acasalam. As fêmeas fecundadas abandonam o animal, caindo ao solo e realizando a oviposição no ambiente (cerca de 3000 ovos/ fêmea), reiniciando, dessa forma, o ciclo biológico do parasito.
COMBATE DIRETO
No combate direto do carrapato no rebanho, é preciso saber que a aplicação do carrapaticida é a principal medida adotada para combater esse inimigo tão prejudicial, mas a forma como isso é feito faz toda a diferença no resultado do processo. A capacitação, equipamento adequados e uma boa infraestrutura irão interferir diretamente no atingimento dos resultados almejados. Qualquer erro no manejo dos produtos, como aplicações em quantidades insuficientes e/ou uma diluição equivocada, poderá comprometer toda a eficácia, mesmo quando se usa produto de qualidade. Siga sempre as recomendações de bula.
"Quando todas as medidas são tomadas e realizadas corretamente, torna-se possível reduzir significativamente a quantidade de tratamentos carrapaticidas ao longo do ano. Isso gera uma economia considerável para o produtor e mais saúde para seus animais", completa Pereira.
Fonte: Assessoria de Imprensa Elanco Saúde Animal - Ortolani Comunicação & Marketing