Os presidentes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e de mais oito confederações patronais se reuniram, nesta terça (28), com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para entregar uma carta de apoio à Reforma da Previdência e para propor ao governo um projeto em parceria para reduzir a miséria nas regiões mais pobres do Nordeste, com recursos de R$ 1 bilhão.
Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também participam do encontro. Na carta aberta, as nove confederações (CNA, CNI, CNC, CNCOOP, CNT, CNSeg, CNSaúde, CNCom e CNF) avaliam que o modelo de reforma proposto é “um caminho indispensável para o destravamento de investimentos públicos e privados – única rota em direção ao desenvolvimento sustentável”.
No texto da carta, as entidades afirmam que a estrangulação fiscal do Estado brasileiro provocada por um modelo previdenciário insustentável, além das aceleradas mudanças tecnológicas e mudanças socioeconômicas mundiais, tornam imprescindíveis uma nova Previdência para “reduzir o Custo Brasil e assegurar a segurança jurídica indispensável à atração de investimentos e à ação empreendedora”.
Por fim, as confederações assumem o compromisso de se empenharem fortemente na aprovação da reforma. “Estamos trabalhando para que seja aprovada. Entendemos que a Reforma da Previdência é vital para a economia e para o País”, disse João Martins após o encontro.
Nordeste
Outro tema tratado na reunião foi um projeto das nove entidades de empregadores para o Nordeste, com o intuito de ajudar a tirar os municípios mais pobres da situação de extrema pobreza. A proposta será encaminhada formalmente ao governo e os trabalhos serão coordenador pelo ministro Onyx Lorenzoni.
“O presidente da República está com um projeto para as cidades com mais de 50 mil e nós nos propusemos a trabalhar nas regiões mais pobres, onde tem 14 milhões de pessoas que vivem no meio rural no Nordeste”, ressaltou o presidente da CNA. Segundo o presidente da CNA, cada confederação vai contribuir na sua área específica. “Vamos capacitar os jovens, vamos melhorar a maneira de trabalhar do pequeno produtor, do pequeno comerciante, a saúde. São ações adicionais ao que já fazemos. Está na hora de pensarmos no Brasil”, afirmou Martins.