A Atvos, segunda maior produtora de etanol do Brasil, termina a safra 2018/2019 com uma moagem total de 26,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, crescimento superior a 3% na comparação com o ciclo anterior. A empresa registrou seu recorde histórico na produção de etanol (hidratado e anidro), com 2,08 bilhões de litros produzidos em apenas uma safra, além de 212 mil toneladas de açúcar VHP e da cogeração de 2,82 mil GWh de energia elétrica a partir da biomassa.
O desempenho foi favorecido pelos avanços contínuos em produtividade. O teor médio de ATR (Açúcar Total Recuperável) registrado no período foi de 132 kg/hectare, incremento de 2% ante 2017/2018. “Ao longo das últimas safras, introduzimos diversas iniciativas com foco em tecnologia agrícola e na qualidade da lavoura, como a aplicação de corretivos, o monitoramento digital e um planejamento mais assertivo”, destaca Celso Ferreira, vice-presidente de Operações e Engenharia da empresa.
A eficiência industrial também apresentou melhorias. O RTC (Recuperado Total Corrigido) registrado pela empresa na safra foi de 93,9%. Essa evolução reflete os esforços e investimentos realizados na manutenção preventiva, regulagem dos equipamentos e qualificação dos profissionais.
Outro avanço importante no período se deu com os fornecedores de cana, responsáveis por cerca de 30% da matéria-prima processada. “Esses parceiros foram importantes para a melhoria dos índices de produtividade e qualidade no campo, especialmente porque intensificaram a renovação dos canaviais”, aponta Ferreira. Entre áreas próprias e de parceiros, a empresa encerrou a safra com plantio de 71 mil hectares, 83% dos quais voltados à renovação.
A Atvos projeta moer cerca de 27 milhões de toneladas de cana nos próximos 12 meses, o suficiente para produzir 2,1 bilhões de litros de etanol e 237 mil de toneladas de açúcar. No período, a empresa deve investir R$ 600 milhões em renovação e expansão de canaviais, equipamentos agrícolas e aprimoramentos industriais.
“Manter nossa produção neste patamar é fundamental para a geração de caixa que necessitamos para seguirmos nossos investimentos e criarmos condições para atingir nossa maturidade operacional”, afirma Alexandre Perazzo, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da empresa, cuja capacidade de moagem é de 36 milhões de toneladas de cana.
A Atvos confia na conclusão do processo de renegociação com os credores para seguir seu plano de longo prazo no setor sucroenergético. “O equilíbrio financeiro é fundamental para seguirmos nossa trajetória de crescimento e fazermos frente às oportunidades projetadas para os próximos anos, com o objetivo de acelerar a execução dos planos de investimento, permitindo a expansão agrícola, ganhos de produtividade e liquidez para otimização do capital de giro”, acrescenta Perazzo.