O atraso no plantio da soja, que foi marcado pela estiagem entre os meses de setembro e outubro, foi praticamente revertido, segundo último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nas últimas semanas, a produção de grãos no Rio Grande do Sul, um dos Estados mais impactados pela falta de chuva, conseguiu retomar a semeadura, contribuindo para a estimativa recorde de produção da oleaginosa no Brasil, que deve atingir 134,9 milhões de toneladas na safra 2020/2021 - um crescimento de 8,1% em relação à temporada passada.
Com as condições climáticas mais favoráveis para os desenvolvimentos das lavouras, principalmente na região sul, algumas doenças podem afetar a produtividade do cultivo já no início do ciclo. Para Ricardo Brustolin, consultor e pesquisador da RB Consultoria, após os primeiros 45 dias da emergência da maioria dos cultivares de soja, o mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) tem ganhado relevância nas produções gaúchas de maior altitude. "Segundo dados da Embrapa, estima-se que, aproximadamente, 28% da área destinada à soja no país esteja infestada pelo patógeno, ou seja, cerca de 10 milhões de hectares de cultivo", reforça.
O mofo-branco pode atacar a soja na fase de germinação e emergência, por meio do micélio dormente nas sementes de soja. No entanto, os maiores danos ocorrem nos estágios reprodutivos (nos períodos de floração até o de formação de vagens). "A doença pode sobreviver no solo por várias safras na forma de escleródios (estruturas de resistência do patógeno), que germinam e produzem esporos que são unidades infectivas. Ela ataca principalmente o terço inferior das plantas, no baixeiro, exigindo um monitoramento criterioso já nos meses iniciais do cultivo", completa Brustolin.
Ainda segundo o pesquisador, uma vez que a planta é infectada pelo fungo, o controle curativo e medidas isoladas não são eficientes, por isso a importância do Manejo Integrado de Doenças, visando reduzir os impactos na rentabilidade do sojicultor. "Para combater o mofo-branco na lavoura, é preciso aplicar medidas preventivas e planejadas. O uso combinado de químicos e biológicos, por exemplo, tem se mostrado uma excelente opção. Os biofungicidas podem ser aplicados no estágio vegetativo da soja (em V3 e V4) e com a ação de microrganismos, inimigos naturais da doença, os escleródios do mofo-branco diminuem no solo, promovendo controle da fonte de inóculo", completa.
Esta diversificação traz uma série de vantagens para o sistema produtivo, como: aumento da diversidade no controle e a diminuição das chances do surgimento de resistência de organismos. O mofo-branco é uma doença que pode atacar todos os órgãos das culturas hospedeiras, ou seja, "normalmente, ocorrem lesões nas partes aéreas das plantas, além do crescimento de um micélio branco, com aspecto de algodão. Com o passar do tempo, acontece o apodrecimento das ramificações, das folhas, das vagens e da haste, podendo causar a morte da planta", finaliza Brustolin.
Manejo integrado
Para ajudar o sojicultor a lidar com este problema, a Bayer oferece algumas soluções que permitem fazer um manejo inteligente, que são: o fungicida Fox®Xpro e o fungicida bactericida microbiológico Serenade®.
A solução biológica possui múltiplos modos de ação. De maneira que, com a aplicação de Serenade®, os lipopeptídeos produzidos pelo Bacillus subtilis QST713 passam a atuar na membrana celular das estruturas reprodutivas do fungo, provocando sua deformação e produzindo rupturas. O Bacillus subtilis também age por competição de espaço e nutrientes na superfície vegetal da planta e no solo junto ao sistema radicular.
"A recomendação da Bayer é a de que os produtores façam uso do manejo integrado, que une o controle biológico e o químico. Assim, o sojicultor pode fazer uso do Serenade® o mais cedo possível, para atingir caule e solo, próximo a primeira aplicação de Fox®Xpro, visando o controle preventivo de doenças" esclarece Cecília Melo, gerente de lançamento de produtos da Bayer.
Lançado pela Bayer em 2019, o fungicida Fox®Xpro possui formulação tripla, incluindo o ingrediente ativo Bixafem, a nova carboxamida exclusiva da empresa. A fórmula atua em diferentes fases do ciclo de vida dos fungos, proporcionando sanidade às plantas, o que pode se transformar em melhores resultados ao final da safra.
Segundo Cecília, "na última safra, acompanhamos de perto 3610 áreas assistidas, o que representa 21% da soja cultivada no Brasil. A cada quatro áreas analisadas, três tiveram maior produtividade com o uso do Fox®Xpro. Sendo que em 45% destas áreas, verificou-se o incremento de duas até quatro sacas por hectare e, uma média geral aproximada, de incremento de três sacas a mais. Isto porque a consistência dos resultados de Fox®Xpro é impressionante, tivemos este resultado médio não só nas áreas comerciais, mas também em protocolos contratados e estudos de instituições reconhecidas*", finaliza a gerente.
Fonte: Assessoria de Imprensa Bayer - Jeffrey Group