Crescem investimentos na identificação da melhor genética para o cruzamento industrial

29/01/2021

Cada vez mais produtores de carne apostam no cruzamento industrial – as fêmeas F1, em particular, vêm sendo procuradas pelos criadores, devido à sua expressiva valorização no mercado. A preferência por este tipo de cruzamento vem se refletindo nas compras de genética, à medida que mais produtores investem na obtenção de animais F1. 

Nesse contexto, merece destaque o crescimento das vendas de genética da raça Angus, amplamente escolhida para cruzamentos industriais com matrizes Nelore. O animal resultante desses acasalamentos destaca-se pela sua precocidade, um dos traços característicos herdados da raça Angus. 

Assim, um índice econômico exclusivo para a modalidade do cruzamento industrial foi apresentado ao mercado, na tentativa de facilitar para o produtor a escolha da melhor genética para ser aplicada nos acasalamentos, assegurando a obtenção de produtos de alta qualidade para a cadeia produtiva da carne. 

Desenvolvido pela ABS, o índice ABS XBlack foi desenhado especialmente para sistemas de cruzamento industrial e funciona a partir de uma base de dados ampla, composta por informações de rebanhos reais, pertencentes a fazendas parceiras da ABS, que esclarecem quais os animais com melhor desempenho nos acasalamentos. E esta base de dados está em constante crescimento – já são mais de 80 mil dados de progênies F1 avaliados. 

"O índice é gerado a partir de dados do mundo real, coletados em fazendas nacionais, com rebanhos avaliados geneticamente e controlados, com o objetivo de conferir mais segurança às informações disponibilizadas ao produtor. O ABS XBlack analisa as DEPs e fatores de maior impacto para a rentabilidade do pecuarista: ganho de peso, eficiência alimentar e carcaça de alta qualidade", explica o gerente de Produto e Projetos Corte Europeu da ABS, Marcelo Selistre. 

A Fazenda Seriema, localizada em Miranda (MS), é a mais recente colaboradora do índice, juntando-se a propriedades de seis Estados brasileiros (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Pará, Tocantins e Rondônia) cujos rebanhos contribuem para o desenvolvimento do ABS XBlack.