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09/09/2020
Por Da Redação
Dois dos mais aguardados eventos da pecuária no ano estão sendo preparados pela Fazenda Tabaju, em Sales-SP, para os próximos dias. O primeiro será a 10º Leilão Essência da Raça Sindi, que, todos os anos, é marcado para Uberaba-MG, mas, devido à pandemia, foi transferido, de forma excepcional, para a fazenda, considerada o berço da raça no Brasil.
O leilão, que terá um plantel de novilhas, matrizes, doadoras e reprodutores, todos consagrados, será realizado no dia 25 de setembro, com início às 13h e transmissão pelo Canal do Boi e pela Connect Leilões. De acordo com Henrique Borges, gerente técnico comercial das Fazendas Reunidas Castilho, a Sindi Castilho, o foco serão as vendas online, em função da Covid-19, e, para os criadores que comparecerem à Tabaju, todas as medidas de segurança serão tomadas para evitar contaminação.
O segundo grande evento será a Semana Sindi Castilho, este já tradicionalmente realizado na Tabaju e que terá, agora em 2020, sua quinta edição, de 28 de setembro a 4 de outubro – também com transmissão pelo Canal do Boi e pela Connect Leilões. Nesse caso, os animais ficam expostos a preço fixo, em lotes individuais ou com mais animais, e quem chegar primeiro leva. Como num shopping. No último dia do evento, também é realizado um leilão. A previsão é que sejam comercializados, pelo menos, 400 animais durante a semana.
Também no dia 4 de outubro, das 8h30 às 9h30, será realizado, como parte da programação da semana, o 10º Encontro de Pecuária Intensiva, que contará com palestra do Prof. Dr. José Luiz Vasconcelos, o Zequinha, da Unesp, com tema “Impacto no manejo produtivo de carne e na sua qualidade”.
História
A Fazenda Tabaju pertence a Adaldio José de Castilho Filho, membro da família precursora na criação da raça no Brasil. Foi que, em 1936, o Sindi foi introduzido no país. Dali, saíram animais, sêmen e embriões que ajudaram a formar os outros criatórios nacionais. “Nosso objetivo é selecionar, preservar e disseminar o melhoramento genético da raça Sindi”, afirma Adaldio Filho. Os animais são avaliados em programas de melhoramento, como o da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), na qual os primeiros animais da raça foram registrados em 2002.
Após a morte do tio, José Cesário de Castilho (Cito), e do pai, Adaldio José de Castilho, Adaldio Filho assumiu os negócios e, por causa da dedicação à raça e ao melhoramento genético obtido nos 84 anos em que a família está na atividade, já foi homenageado pelo governo da Índia, de onde a raça é proveniente. Também recebeu representantes do governo de lá, além de ter aberto as portas das fazendas para delegações de vários países, interessadas em conhecer a criação.
“Por muitos anos, sonhei em ver a raça Sindi ser conhecida na pecuária produtiva nacional. Com a morte do meu tio Cito e de meu pai, passei a assumir o comando da raça para a família. Trabalhei e trabalho com muito amor e dedicação, sem medir esforços e custos para mostrar o potencial, fazendo testes em todos os sentidos para gerar dados e comprovarmos as verdadeiras aptidões e qualidade do Sindi. Assim, podemos oferecer ao mercado produtos que correspondem aos anseios desejados”, afirma Adaldio Filho.
A fazenda já ganhou diversos prêmios de qualidade de plantel, torneios de produção de leite, de eficiência alimentar e exportou material genético para, pelo menos, 13 países.
A raça
O Sindi é uma raça zebuína, rústica e muito requisitada para cruzamentos, visando tanto à pecuária de leite como a de corte. No Nordeste brasileiro, os animais são voltados mais à produção leiteira, enquanto, no Sudeste, ao corte. Segundo informações da Sindi Castilho, a rusticidade e a habilidade materna garantem que os bezerros sejam desmamados já bem pesados. “As fêmeas Sindi dão leite durante 8 a 10 meses. Os bezerros nascem pequenos, mas, quando chegam à fase de desmame, surpreendem pelo peso, vigor e desempenho superiores à maioria das raças bovinas”, informa o site do criatório.
A raça também é conhecida pela resistência a doença, alta fertilidade, adaptação fácil a qualquer ambiente, inclusive com prolongado período de estiagem, precocidade sexual, com novilhas emprenhando entre 13 e 14 meses, e alta presença de marmoreio na carne. De acordo com Adaldio, o interesse pelo Sindi vem crescendo. A cada edição anual do leilão ou shopping, a média é de cinco novos pecuaristas entrando na criação.
Na visão dele, priorizar carne ou leite é perder um dos potenciais do Sindi. Ele defende que a raça seja mantida com dupla aptidão. “Se direcionarmos o Sindi para o leite, perderemos o mercado de corte, pois outras raças que ramificaram somente para o leite perderam muito no mercado de boi de corte, tendo, em algumas regiões, uma rejeição na hora do pecuarista comprar boiadas para engorda, descartando os animais de origem leiteira. ”
Contatos:
Para mais informações sobre os eventos na Fazenda Tabaju, consulte o site ou as redes sociais da Sindi Castilho ou, então, fale com o Henrique, por telefone ou WhatsApp.
Site: www.sindicastilho.com
Facebook: facebook.com/SindiCastilho/
Fone e WhatsApp: 17-99638-0628 (Henrique Borges)
Ou, então, você pode entrar em contato com a Connect Leilões:
Site: www.connectleiloes.com.br
WhatsApp: 43-99958-0241