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16/03/2022
A aplicação de defensivos agrícolas é fundamental para proteger a lavoura, evitando que as plantas daninhas, pragas e doenças se instalem nas culturas e tragam prejuízos aos agricultores. Porém, apesar de ser algo corriqueiro, esta é uma etapa fundamental e, por isso, exige que alguns cuidados fundamentais sejam tomados para que o produtor rural aproveite os recursos disponíveis sem desperdício e alcançando a máxima eficiência dos produtos aplicados.
De acordo com Rodolfo Chechetto, pesquisador em Tecnologia de Aplicação da AgroEfetiva, empresa especializada em tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas e parceiro do programa ADAMA CUIDA*, há cinco etapas fundamentais a serem seguidas no momento da preparação da calda de pulverização, conforme explica na sequência.
1. Qualidade da água da propriedade (nível de pureza). É preciso saber, principalmente, a dureza da água e seu pH. “Se tiver um alto teor de matéria orgânica, por exemplo, poderá atrapalhar o desempenho dos produtos que serão misturados a ela. Importante que se observe parâmetros como esse e também o pH e a dureza da água, que podem até ser corrigidos antes de qualquer aplicação. O ideal é buscar uma fonte de água pura”, explica o especialista.
2. Escolher a forma do preparo de caldas: no incorporador, calda pronta ou pré-misturador são os mais comuns. Este último tipo requer uma atenção especial, já que um tanque menor é utilizado para fazer a pré-mistura, o que acaba gerando alta concentração dos ativos, podendo causar problemas de compatibilidade com maior frequência, desde que alguns cuidados não forem tomados. De acordo com Chechetto, a dica aqui é “consultar a recomendação em bula em relação ao processo de pré-mistura e buscar recomendações de cada empresa fabricante sobre a ordem de adição dos produtos, a concentração a ser utilizada, e alguma outra particularidade do defensivo em questão, para que não resulte em perda dos produtos utilizados, ou seja, em prejuízos ao agricultor”.
3. Consultar as especificações e recomendações da empresa fabricante. “Isso é fundamental, pois as empresas têm realizado pesquisas e lançado inovações para trazer os melhores resultados para os produtores. Ou seja, as especificações são baseadas em estudos e testes realizados pelas companhias para garantir o melhor desempenho das formulações e, portanto, para trazer proteção à produtividade, de acordo com cada produto e cada cultura”, reforça o pesquisador.
4. Ordem da mistura. “Isso é fundamental para o melhor desempenho da combinação dos produtos no campo. As empresas podem ter uma recomendação específica baseada em pesquisas próprias, por isso, é importante fazer essa consulta com o fabricante”, recomenda Chechetto.
A ADAMA, (leia-se ADAMÁ), companhia integrante de uma das maiores holdings do agronegócio global, por exemplo, recomenda que os produtos com formulação OD (Dispersão em Óleo), sejam os últimos defensivos agrícolas adicionados no tanque de pulverização (situações onde a mistura contem com fertilizantes foliares, devem ter uma observação especial, com consulta aos fabricantes desses fertilizantes) e precedidos pelo adjuvante derivado de óleo vegetal “Além disso, é fundamental agitar bem as embalagens antes da utilização para melhorar a homogeneização do produto e facilitar a retirada do conteúdo da embalagem”, explica Marcelo Gimenes, gerente de Marketing de Produto da ADAMA.
5. Teste. Antes de fazer a mistura no tanque do pulverizador, a recomendação é que se faça um teste prévio em pequenas quantidades utilizando uma garrafa PET, por exemplo. E, ali, é possível observar se houve separação de fases, precipitação, formação de espuma etc. “A mistura tem que ficar homogênea, então, fazendo esse primeiro passo, caso exista algum problema, é possível corrigir, sem ter desperdiçado produto”, comenta.
Essas dicas de boas práticas vão auxiliar o agricultor nesse período tão importante para proteger a lavoura. Porém, Rodolfo Chechetto alerta ainda para outros itens a serem observados além da mistura. “Antes dos produtos no tanque do pulverizador, ainda é importante que essa máquina esteja calibrada e com as pontas de pulverização inspecionadas. Ainda se faz necessário monitorar as condições meteorológicas e observar alguma recomendação presente na bula para evitar desperdício e deriva”, finaliza o pesquisador.
Descarte correto das embalagens vazias
Para a segurança das pessoas e do meio ambiente e aproveitamento total do produto, é de extrema importância que as embalagens vazias sejam lavadas. E esse processo deve ser feito de forma adequada, seguindo o passo a passo a seguir, conforme recomendação da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que indica a tríplice lavagem.
1. Esvaziar completamente o conteúdo da embalagem do agrotóxico no tanque do pulverizador;
2. Colocar água limpa na embalagem até completar ¼ do seu volume;
3. Tampar bem a embalagem e agitar por 30 segundos;
4. Despejar o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador;
5. Repetir a operação por mais duas vezes e perfurar o tanque da embalagem vazia do agrotóxico para inutilizá-la.
Fonte: Assessoria de Imprensa ADAMA - Connectare Comunicação
Fonte: Assessoria de Imprensa ADAMA - Connectare Comunicação