De acordo com Bernardo Lopes, analista da Tarken, agritech brasileira que oferece um marketplace para trading de grãos, os valores já ultrapassam a casa dos R$103 CIF em Pará de Minas, uma das principais regiões compradores de grãos no estado.
“As grandes empresas compradoras seguem fora do mercado, diante dessas ofertas. Tem se falado em bids na casa dos R$97 e R$98 nessa região central, mas sem avanço nas negociações. Por outro lado, os produtores estão sem fôlego para segurar o milho por mais tempo, e já sinalizam interesse em negociar o grão que será colhido em cerca de 30 dias”, explica Bernardo.
Os preços variam de acordo com a região. No Triângulo Mineiro, o milho segue na casa dos R$95 spot, enquanto no Noroeste, na região de Unaí, o valor predominante está por volta dos R$89 a saca. Em Nazareno, mais ao sul, o valor está na casa dos R$93, R$94.
A soja segue em ritmo de entrega nos contratos travados, e a especulação no mercado dos grãos restantes. O mercado também segue em alta.
No MS, preços caem com acomodação da demanda de exportação e fixação de produtores
No Mato Grosso do Sul, as condições de clima são favoráveis com previsão de mais chuva até o fim da semana. Segundo o analista Thiago Carvalho, no trading, com as cooperativas recebendo muitas fixações de produtores, os preços de balcão reduziram agressivamente para R$91.
“Assim, as ofertas giram a R$92 e R$94 no sul do estado. Isso é decorrente de uma acomodação da demanda de exportação, com os prêmios cedendo muito para o milho brasileiro de curto prazo”, afirma o analista.
A cotação Tarken aponta preços na faixa de R$93 nas regiões de Campo Grande e Chapadão do Sul, e R$95 para Dourados.