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19/05/2022
A FF Seguros está consolidando uma cobertura inovadora que colabora para o desenvolvimento do mercado de equinos. Os criadores de equinos podem contratar a cobertura de prenhez, com foco na proteção de embriões de alto valor genético.
É comum investir em sêmen de garanhões e realizar procedimentos de inseminação artificial. No entanto, evita-se utilizar uma égua de boa genética e alta performance para desenvolver a gestação, já que isso comprometeria a performance do animal. A égua ficaria até mesmo impossibilitada de participar de competições hípicas a partir do quarto mês de gestação em razão da dinâmica hormonal durante a prenhez, que configura doping.
Além do afastamento das atividades esportivas durante a prenhez, que totaliza cerca de 11 meses, a égua precisaria de tempo para recuperar a forma física após a gestação antes de ficar apta a competir em alto nível novamente. “Para o criador, não compensa deixar uma égua de alto valor genético, e que compete em alto nível, ficar parada por um ano. O animal perderia preparo físico, provas e premiações”, afirma Fabio Camargo, que é médico veterinário e responsável técnico de seguro de animais na FF Seguros.
Dessa forma, é mais comum coletar o óvulo dessa égua para fertilização in vitro com o sêmen do garanhão escolhido. O resultado disso é um embrião que posteriormente pode ser transferido para o útero de qualquer outra égua e completar a gestação. Os criadores escolhem uma égua de baixo valor comercial que terá a função de “barriga de aluguel”. Essa égua pode ser um animal próprio ou alugado de uma central de reprodução e requer muitos cuidados para que o desenvolvimento do embrião seja bem-sucedido. “Como os pais são animais de alto valor genético, o embrião pode chegar a valer R$ 100 mil, somado ao custo operacional de ter uma égua alugada, por cerca de R$ 5 mil ao mês, por exemplo”, diz Camargo.
O alto investimento requer medidas para mitigar riscos. Em caso de ocorrência de um aborto espontâneo, por exemplo, o criador amargaria prejuízos significativos. Por isso, a cobertura de prenhez vem se destacando com o propósito de trazer mais segurança para a reprodução animal. A apólice tem duração de até oito meses e se encerra no momento do parto. Em caso de sinistro, a seguradora pode indenizar o criador em até R$ 50 mil.
Entre as vantagens, os contratantes da cobertura de prenhez conseguem ampliar a proteção ao potro. O seguro de equinos vale para animais com idade superior a seis meses. No entanto, o criador que assegurar uma égua com cobertura de prenhez pode contratar o seguro de equinos para proteger o potro recém-nascido, com vigência já a partir do primeiro dia de vida do animal.
Segundo Camargo, a FF Seguros desenha estratégias e produtos visando atender às demandas dos clientes. “Na FF Seguros, temos o direcionamento de sempre buscar inovar, consultando corretores e clientes para trazer novas coberturas”, conta o responsável técnico. O produto prenhez, lançado em maio de 2021, completa um ano atraindo especialmente as centrais de reprodução, que desejam minimizar os riscos dos procedimentos de reprodução assistida de embriões equinos. “A FF Seguros já comercializou mais de 80 apólices com a cobertura de prenhez no mercado brasileiro”, revela Camargo.
Benefícios da reprodução assistida de equinos
A tendência é que os criadores de equinos invistam cada vez mais em reprodução assistida. As ferramentas de biotecnologia trazem comodidade e maior eficiência para o manejo. Desse modo, a reprodução não fica mais condicionada às estações de monta, já que alguns procedimentos podem ocorrer em qualquer mês do ano, trazendo total flexibilidade para a rotina de reprodução.
Além disso, a reprodução assistida potencializa o planejamento genético, permitindo que éguas e garanhões premiados tenham o maior número possível de filhos. Entre os destaques, vale a pena citar a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), uma moderna técnica de fertilização in vitro que otimiza o uso de cada espermatozoide e óvulo manipulados. Dessa forma, a técnica beneficia a reprodução de éguas com idade mais avançada e de garanhões com problemas de fertilidade ou de disponibilidade de sêmen, e ainda tem como diferencial a possibilidade de congelar os embriões produzidos.
“O embrião produzido fica criopreservado até o momento em que o criador queira transferi-lo para uma égua receptora. O criador pode manter um estoque de embriões e produzir fora do período de provas. Historicamente, o Brasil é um país que abraça a inovação. O criador brasileiro aplica bem as ferramentas que a biotecnologia oferece”, afirma a dra. Perla Fleury, que é médica veterinária e diretora comercial da In Vitro Equinos, laboratório de produção in vitro de embriões com sede em Mogi Mirim (SP).
A In Vitro atua no mercado brasileiro desde 2002, é pioneira na aplicação da técnica ICSI, desde 2017, e mantém uma parceria com a FF Seguros para estimular o investimento em reprodução assistida. Durante as tratativas com a In Vitro, o criador pode optar entre duas modalidades de serviço. “O criador pode comprar o embrião produzido, independentemente da taxa de prenhez, e assumir todos os riscos. A chance de obtenção de uma gestação é cerca de 65%, então se a receptora não emprenhar, este valor do embrião não é reembolsado”, explica Perla Fleury.
Outra opção seria comprar o embrião com gestação confirmada aos 90 dias de prenhez. Nesse segundo caso, o criador paga somente se a gestação for confirmada aos 90 dias e ganha da In Vitro uma apólice da FF Seguros. “A In Vitro firmou uma parceria com a FF buscando trazer mais um benefício para o criador, para que ele tenha a possibilidade de comprar a gestação confirmada”, conta Perla.
Segundo a diretora, esse seguro cobre a gestação entre os 90 dias até o momento de nascimento do potro. Em caso de sinistro, o criador terá indenização em torno de R$ 12 mil, para que possa investir na produção de um novo embrião. “O seguro é uma maneira de dar suporte para mitigar um risco que não temos como controlar durante o período gestacional. Uma das maneiras de aliviar possíveis perdas econômicas é através do seguro”, diz Perla.
Fonte: Contextualiza Comunicação