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02/02/2021
Numa escala global, as plantas daninhas são um dos principais fatores restritivos de produção da soja, correspondendo por 20% a 30% das perdas, sendo elas por competição com a cultura agrícola por água, luz e nutrientes, como também por perda na qualidade dos grãos colhidos e por hospedar pragas que futuramente trarão prejuízos a lavoura. Dentre as cinco plantas mais problemáticas no mundo está o capim pé de galinha, devido ao seu rápido crescimento, sistema radicular agressivo e elevada produção de sementes.
De acordo com Aline Deon, pesquisadora da Proteplan, o pé de galinha e as demais plantas invasoras devem ser controladas com manejo correto, que implica em usar com muita eficiência e eficácia as ferramentas de combate as plantas daninhas, protegendo assim o potencial produtivo das cultivares de soja.
Para essa fase da lavoura que antecede a colheita, Aline orienta que o produtor rural e sua equipe fiquem atentos ao momento correto de realizar a dessecação para que a colheita não tenha prejuízos em produtividade e na qualidade dos grãos colhidos. “Deve-se ficar cauteloso, principalmente, se for utilizar cultivares de hábito indeterminado, já que nesses materiais a maturação acontece de forma desuniforme. É importante também se planejar para a implantação do milho safrinha no limpo.”
A engenheira agrônoma explica que os resultados de pesquisas evidenciam a importância de aplicações sequenciais no manejo de plantas perenizadas e, também, a rotação de mecanismos de ação, a fim de evitar a seleção de biótipos resistentes e, assim, ter mais ferramentas no manejo de plantas daninhas. “O uso de pré-emergentes no sistema também se mostrou importante para controle de plantas invasoras, uniformizando e retardando o fluxo de emergência, entregando plantas de menor porte para a aplicação em pós”.
Essas informações foram apresentadas pela pesquisadora Aline Deon na Estação Herbologia durante o Open Sky Soja 2021, realizado de 27 a 29 de janeiro em Sorriso, ao norte de Mato Grosso, para público limitado e com agendamento de visita nos ensaios de pesquisa da Proteplan.
Na safra de soja 2020/2021, a pesquisadora desenvolveu testes com 667 tratamentos como alternativas no manejo de plantas daninhas. Desse total, 46 resultados foram apresentados no evento em Sorriso. Sobre os testes de cultivares, foram realizados os de fitotoxidade de herbicidas para aplicação em pós-emergência da soja, bem como a testagem de contaminações em tanque de herbicidas, utilizados na pré-semeadura e aplicados em pós-emergência. As aplicações foram realizadas em 32 cultivares representativas no MT, e os resultados mostram que algumas cultivares são mais sensíveis a fitotoxidade que outras. No entanto, os pesquisadores ainda aguardam os resultados de produtividade destes materiais.
Durante o evento que foi realizado de acordo com os protocolos de segurança e proteção exigidos pela OMS, os participantes puderem ver in loco os experimentos de dessecação pré-plantio e manejo de ervas daninhas de difícil controle, em pós e pré-emergência conduzidos sobre alta infestação natural com plantas entouceiradas.
Próximo evento – Campo Verde será a próxima cidade de Mato Grosso a sediar o Open Sky Soja 2021 realizado pela Proteplan nos dias 04 e 05 de fevereiro. As inscrições são gratuitas, limitadas e podem ser feitas através do link:
https://proteplan2.websiteseguro.com/eventos/e/6001a4988e25f
Fonte: Assessoria de Imprensa Proteplan
Fonte: Assessoria de Imprensa Proteplan