A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou, na terça (27), o estudo “Brasil e Coreia do Sul: Complementariedade que merece amplo acordo”, em reunião da Comissão de Relações Internacionais do Instituto Pensar Agro (IPA).
O documento mostra o potencial de aumento nas exportações de ao menos 41 produtos agropecuários do Brasil para o país asiático, podendo o número de produtos com tal potencial chegar a 250. Mas a entrada no mercado sul-coreano, na avaliação da CNA, será possível apenas com um amplo acordo. “A Coreia do Sul é o primeiro país para a abertura da Ásia ao Brasil. Trabalhar com a Coreia é um passo significativo porque é um país com uma economia desenvolvida, de alto poder aquisitivo e grande importador de alimentos. Mais entidades precisam se engajar porque é uma discussão muito importante, por isso, contem com a CNA”, destacou a diretora de Relações Internacionais da Confederação, Lígia Dutra.
O assessor técnico da Diretoria de Relações Internacionais da CNA, Pedro Rodrigues, afirmou que a Coreia do Sul é a 7ª maior economia do leste da Ásia e Pacífico, em relação à renda per capita, e um mercado importante para novos produtos, com uma população de 51,7 milhões de habitantes.
“Não há dúvidas de que um acordo de livre comércio traga mais competitividade ao Brasil no mercado sul-coreano. Acordos como esse são importantes para o Brasil enquanto economia porque elevam o patamar do País nas cadeias globais de valor.”
Segundo o estudo, mais de 50% das exportações brasileiras com destino ao país fazem parte do acordo agrícola, com destaque para produtos como farelo de soja, milho, álcool etílico, soja em grãos e carne de frango in natura. A Coreia do Sul tem hoje 15 acordos comerciais em vigor e um já negociado, porém ainda não em vigor com o Reino Unido.
Como encaminhamento, a Comissão de Relações Internacionais do IPA irá ampliar as discussões convidando outras entidades e órgãos do governo como o Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Economia para discutir o tema.