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10/01/2022
As exportações de Cachaça cresceram* consideravelmente em 2021 - em valor e volume - de acordo com dados do Comex Stat, compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC, entidade representativa do setor, e divulgados nesta sexta-feira (7). A variação percentual do último ano, no comparativo com 2020, apresentou crescimento de 38,39 % em valor e 29,52% em volume. (números muito mais expressivos ao comparativo de 2019-2020, período no qual o setor foi significativamente afetado pela pandemia).
Considerando os números totais, referentes aos mais de 70 países para os quais a Cachaça é vendida atualmente, felizmente, pelo menos no mercado externo, o setor caminha para a recuperação. Em 2020, a exportação em litros havia caído 23,9% em relação a 2019, totalizando 5,57 milhões de litros exportados da bebida. Já em 2021, foram vendidos 7,22 milhões de litros de Cachaça no total, um crescimento de 29,52%. O mesmo aconteceu com o faturamento: enquanto que em 2020 o setor faturou U$ 9,5 milhões (34,8% a menos que em 2019) com as vendas externas, no último ano esse faturamento chegou a mais de U$ 13,17 milhões, um crescimento de 38,39 %.
Países de destino – Estados Unidos, Alemanha e Paraguai são os três países que mais importaram a Cachaça em 2021, em termos de valor. EUA importou um valor total de U$ 3,48 milhões, demonstrando um crescimento de 56% em relação a 2020. Já o valor de importação alemã teve um aumento de 41,37%, passando para U$ 1,88 milhão em 2021. O Paraguai importou U$ 1,32 milhão em valor no último ano. Em volume, esses 3 países também lideram o ranking, sendo Paraguai o primeiro colocado, com 1,63 milhão de litros importados, assim como a Alemanha com os mesmos 1,63 milhão de litros (um volume 47,75% maior ao importado em 2020), e os EUA vem em terceiro lugar com 903 mil litros importados. Na 4ª e 5ª posição do ranking - tanto de valor quanto volume, estão Portugal e França, com valores respectivos de U$ 937mil (509 mil litros) e U$ 785 mil (509 mil litros) em importação. O crescimento percentual de Portugal chegou a 120% em termos de valor, e 100% em termos de volume, comparados ao ranking anterior.
Principais estados exportadores - Entre os principais Estados exportadores, em termos de valor, São Paulo e Pernambuco lideram o ranking de 2021, com o total de U$6,09 milhões e U$ 1,84 milhão exportados, respectivamente. Na 3ª, 4ª e 5ª posição estão o Rio de Janeiro (U$ 1,30 milhões), Paraná (U$ 1,23 milhões) e Rio Grande do Sul (U$ 883 mil). Já em Volume, São Paulo (3,15 milhões de litros) e Pernambuco (1,95 milhão de litros) se destacam novamente, seguidos do Paraná (1,15 milhão de litros), Rio de Janeiro (378 mil litros) e Minas Gerais (248 mil litros).
Para Carlos Lima, diretor executivo IBRAC, as exportações de 2021 quase chegaram aos mesmos índices de 2019, período pré-pandemia, o que reforça a expectativa de uma recuperação absoluta em 2022. “O setor foi significativamente afetado durante a pandemia, principalmente devido ao fechamento de bares e restaurantes em todo o mundo e, ainda, medidas de proibição de comercialização e/ou consumo de bebidas alcoólicas em vários mercados. Acreditamos que a reabertura dos estabelecimentos, juntamente com a maior movimentação do comércio entre os países e a liberação de feiras e eventos presenciais, podem potencializar essa retomada”, diz Lima. “Para além do fechamento de estabelecimentos e proibições, o setor da Cachaça enfrentou outros desafios em 2020 e 2021, que podem perdurar em 2022, como a escassez de insumos, principalmente garrafas, além de um aumento expressivo no frete internacional e escassez de containers. E, apesar desses desafios, conseguimos observar números de crescimento muito animadores para o setor em 2022”, completa.
Como impulsionador das exportações da Cachaça no mercado externo em 2022, Lima frisa as ações previstas no Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça - Cachaça: Taste The New, Taste Brasil, realizado pelo IBRAC em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Além das ações de capacitação de produtores também realizadas em parceria com a Apex-Brasil.
“O cronograma previsto de ações para 2020 e 2021 também foi afetado pela pandemia, mas todo o apoio governamental, alcançado por meio dessa parceria do IBRAC com a Apex-Brasil, será imprescindível para a recuperação do setor no mercado internacional." finaliza o diretor executivo do Instituto.
Fonte: Assessoria de Imprensa IBRAC