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23/06/2020
As exportações do agronegócio brasileiro tiveram recorde no acumulado de janeiro a maio de 2020 e fecharam em US$ 42 bilhões, o maior valor já registrado para os primeiros cinco meses do ano. O resultado representa uma alta de 7,9% em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados do Ministério da Economia compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Segundo a CNA, também houve recordes nas vendas externas do agro em volume de janeiro a maio, que totalizaram 86,8 milhões de toneladas, 15,3% a mais que no mesmo período do ano passado, e no superávit comercial, diferença entre as exportações e as importações, que foi de US$ 36,6 bilhões, superando o recorde anterior observado nos cinco primeiros meses de 2018.
Os principais produtos exportados de janeiro a maio foram a soja em grãos (US$ 16,3 bilhões), a carne bovina in natura (US$ 2,8 bilhões), a celulose (US$ 2,6 bilhões), a carne de frango in natura (US$ 2,6 bilhões) e o farelo de soja (US$ 2,3 bilhões). Estes cinco produtos responderam por 63,4% da pauta exportadora do agro brasileiro no período.
A China foi o principal importador do Brasil, sendo destino de 39,3% dos embarques dos produtos do agro. A receita gerada com as exportações para o país asiático foi de US$ 16,5 bilhões no período. Em seguida vieram a União Europeia, para onde foram 16,4% das vendas externas brasileiras, Estados Unidos (6%), Turquia (2,1%) e Japão (2%).
Desempenho mensal recorde - Ainda de acordo com a CNA, o mês de maio também foi de recorde tanto para as exportações do agro, com receita de US$ 10,9 bilhões (alta de 17,9% na comparação com maio de 2019), quanto para o saldo comercial, que teve superávit de US$ 10,1 bilhões. Em volume, as vendas externas foram de 24,8 milhões de toneladas, volume 34,1% superior ao de maio do ano passado.
Os principais destaques no mês passado na pauta exportadora foram: soja em grãos (US$ 5,1 bilhões), carne bovina in natura (US$ 682,6 milhões), farelo de soja (US$ 648,8 milhões), açúcar de cana em bruto (US$ 634,8 milhões) e celulose (US$ 586,3 milhões). Os cinco produtos representaram 70,4% da pauta exportadora do mês. A China foi o destino de 44,9% das vendas externas em maio.
Agro.BR – A CNA analisou o desempenho de setores como chás, mate e especiarias, frutas, lácteos, pescados e produtos apícolas. Estes produtos estão no foco de atuação do projeto Agro.BR, uma parceria com a Apex Brasil para apoiar a exportação de pequenos e médios produtores, buscar novos mercados e ampliar a diversificação da pauta exportadora.
As exportações brasileiras do mês de maio de produtos deste setor registraram recorde para chá, mate e especiarias em maio em receita (US$ 31,2 milhões) e volume (16,6 mil toneladas), variações positivas 48,4% e 81,7%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2019. Destaque para pimenta do reino e gengibre. No acumulado de janeiro a maio, as vendas alcançaram US$ 147,9 milhões, o maior valor desde 2017, e tiveram alta de 9,7% em relação ao mesmo período de 2019.
As exportações de frutas em maio foram 23,4% menores em valor e 16% menores em peso em 2020 em relação ao mês de maio do ano anterior. Nos cinco primeiros meses do ano, as quedas para valor e volume nos embarques foram de US$ 59 milhões e 26,2 mil toneladas respectivamente, o que fez com que as vendas atingissem US$ 324,2 milhões neste ano.
No caso dos lácteos, a receita gerada pelas exportações em maio foi 2,6% maior em relação à 2019, somando US$ 5,1 milhões. No acumulado de 2020, o aumento nas vendas foi de 14,8% em valor e 12,9% em volume, reflexo principalmente do resultado registrado em janeiro.
Já os pescados brasileiros em maio mantiveram-se no mesmo patamar de 2019 em relação às exportações, com vendas totais somaram US$ 13,1 milhões. No agregado dos primeiros cinco meses do ano, a queda em valor foi de US$ 9,4 milhões e o total exportado foi de US$ 71 milhões.
As exportações de produtos apícolas brasileiros cresceram 54,5% em maio de 2020 na comparação com o mesmo mês de 2019. Enquanto o mel registrou aumento de US$ 3,8 milhões no mês, a cera de abelha teve queda de US$ 490,8 mil. Nos primeiros cinco meses, os dois produtos registraram aumento nas vendas. O mel atingiu receita US$ 30,5 milhões graças ao aumento de US$ 7 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a cera de abelha teve crescimento de US$ 115,1 mil.
Fonte: Fonte: Assessoria de Comunicação CNA/SENAR