Durante o 5º Simpósio Internacional Datagro/Udop, Plínio Natari, diretor da Datagro Consultoria, frisou que o setor sucroenergético brasileiro encontra-se numa fase de transição. “Ainda há importantes obstáculos a serem superados no âmbito dos mercados, aspectos tecnológicos e em temas ligados à regulação. A tecnologia empregada na produção de bioetanol, por exemplo, ainda não está otimizada, tanto na área agrícola, quanto na área industrial. Isso abre a perspectiva de captura de ganhos de produtividade e competividade elevados". "Cito exemplos de políticas que desestimulam investimento. Uma delas é a manutenção dos preços-base da gasolina automotiva nas refinarias de petróleo, que estão frequentemente abaixo dos níveis de preço equivalentes no mercado internacional. Há também as frequentes alterações no percentual de mistura de etanol anidro à gasolina, muitas vezes motivadas por estratégias do governo para influenciar indiretamente a formação dos preços de mercado do etanol anidro e hidratado", disse Plínio Nastari, durante o Simpósio.Para Nastari, o setor enfrenta vários desafios. “Um deles é trabalhar para expandir a geração e distribuição de bioeletricidade, eliminando os atuais entraves e dificuldades para a conexão das usinas ao grid, e valorizando, via tarifas de comercialização e custos para acesso ao sistema de distribuição interligado, a complementariedade entre a bioeletricidade de cana e o sistema hidrelétrico já intalado"