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28/12/2021
A Inseminação Artificial (IA) é uma tecnologia consolidada no país, que apresenta números positivos estarrecedores, e a projeção é que a produção de sêmen seja ainda maior em 2022. No ano de 2020, a coleta total de sêmen alcançou 14.899.623 doses. No terceiro trimestre de 2021 esse número já havia sido superado.
Segundo o Index ASBIA 3º Trimestre 2021, relatório divulgado pela Associação Brasileira da Inseminação Artificial (ASBIA), a produção de sêmen, nos nove primeiros meses, alcançou 16.713.741 doses. Ainda conforme o Index, a tecnologia já está inserida em 77,6% do território brasileiro.
“Estamos analisando mais de 126 mil informações individuais para fechar o balanço de 2021, contudo, já é possível afirmar, sem sombra de dúvidas, que a Inseminação Artificial cresceu de forma absurda no país. A coleta de doses aumentou 70% de janeiro a setembro, em relação a 2020. Nossa expectativa é que o Brasil supere esses números em 2022. A demanda é alta e a produção só cresce”, projeta o presidente da associação, Márcio Nery.
No primeiro semestre de 2021, as centrais de produção de sêmen bovino reagiram à crescente procura por genética e ampliaram a sua capacidade produtiva – o resultado desse processo foi um aumento de 103%, totalizando mais de 10,8 milhões de doses coletadas no período. Durante os mesmos meses, as exportações de sêmen cresceram 99%.
“O melhoramento genético é uma estratégia extremamente valiosa para o produtor, já que a genética é o único insumo permanente que ele pode trazer para dentro da fazenda. Nesse sentido, a inseminação artificial é o melhor veículo para realizar essa estratégia, e o que os números nos mostram é que cada vez mais produtores investem nessa ferramenta em todo o Brasil, atraídos pelo potencial de aumento de produção”, comenta o gerente executivo da Asbia, Cristiano Botelho.
Ainda de acordo com Cristiano, o impacto social da inseminação artificial também foi destaque em 2021 e continuará sendo nos próximos anos.
“É importante pensar na IA como uma tecnologia que democratiza o acesso ao melhoramento genético. Tanto o grande quanto o pequeno produtor têm a possibilidade de incluir a sua utilização na fazenda, gerando ganhos para toda a cadeia produtiva do leite e da carne. Além disso, existe a componente da sustentabilidade, já que a genética permite obter um aumento expressivo de produção, em um período de tempo mais curto e sem necessidade de aumentar o espaço ocupado pelo rebanho. Ou seja, é um processo que torna a pecuária mais eficiente e, por isso, sustentável e responsável”, diz.
Em 2021, a Asbia também deu continuidade ao seu trabalho constante de fortalecer a relação com o Governo Federal. A expectativa é que em 2022 a associação continue atuando junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para viabilizar estratégias que impulsionem o melhoramento genético e agropecuária. Entre elas, agilizar os processos de registro de touros e importação de genética.
Fonte: Na Mídia Assessoria