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16/08/2020
A GranBio anunciou hoje uma aliança estratégica com a NextChem, subsidiária da gigante italiana de engenharia Maire Tecnimont, para licenciamento de sua tecnologia patenteada para produção de etanol de segunda geração.
A parceria viabilizará a comercialização desta tecnologia globalmente, combinando o conhecimento da GranBio em biomassa e biocombustíveis de segunda geração com a inteligência de engenharia da NextChem, que oferece serviços integrados – estudos de viabilidade, desenvolvimento de projetos de integração, engenharia e construção de fábricas em todo o mundo. Juntas, as empresas terão a oportunidade de liderar um movimento de descarbonização de combustíveis líquidos de maneira eficiente e rentável em grande escala.
A tecnologia desenvolvida pela GranBio para produzir etanol 2G já foi implementada em sua fábrica localizada em São Miguel dos Campos, em Alagoas. Foram investidos USD220 milhões na construção dessa planta, a primeira no Hemisfério Sul dedicada ao etanol celulósico. Atualmente, a empresa tem capacidade para produzir cerca de 30 milhões de litros de etanol 2G por ano e 100% desse biocombustível é, atualmente, exportado aos mercados americano e europeu.
“Queremos ser pioneiros nesse modelo de negócios, liderando o desenvolvimento da indústria de etanol celulósico no mundo, oferecendo soluções completas, desde o estudo de viabilidade até o projeto de engenharia. Alguns países como Estados Unidos, China e Brasil já reconhecem o prêmio de carbono renovável. A União Europeia, por exemplo, determinou recentemente políticas que promoverão a construção de dezenas de usinas de combustível de segunda geração até 2030”, explica Paulo Nigro, CEO da GranBio. Neste cenário, GranBio e NextChem pretendem liderar esse novo mercado. “Temos a segurança de que nossa tecnologia é muito promissora, sendo a chave para uma grande transformação na maneira como produzimos combustíveis”, afirma.
A GranBio conseguiu desenvolver um modelo flexível para utilização de matérias-primas, que permite o uso de quase todos os tipos de resíduos agrícolas, como palha de cana-de-açúcar e de milho e até sobras de madeira, como eucalipto, para produzir etanol celulósico. “Em outras palavras, além de termos um produto final totalmente sustentável, conseguimos aproveitar ao máximo os insumos, recuperando, inclusive, áreas degradadas. Juntos, certamente vamos transformar milhões de toneladas de resíduos agrícolas e florestais em etanol de segunda geração, contribuindo fortemente para a descarbonização em todo o mundo. Os ganhos esperados vão além da criação de um novo mercado, dão sentido à nossa missão de atuar para reverter o impacto humano no clima. Queremos atuar, efetivamente, em defesa do planeta e das gerações futuras”, conclui Nigro.
“Estamos orgulhosos da parceria com a GranBio, que melhora nosso portfólio tecnológico na área de biocombustíveis e dá à NextChem a chance de entrar em alguns mercados importantes com uma solução flexível e lucrativa para produzir etanol além de muitas outras aplicações industriais bem estabelecidas e com um enorme potencial”, diz Pierroberto Folgiero, CEO da NextChem e da Maire Tecnimont. “A planta de referência da GranBio é a única desse tipo, em escala industrial, que está em operação. Além disso, a tecnologia pode ser implantada globalmente, pois utiliza matérias-primas amplamente disponíveis, que não interferem no setor de alimentos. Com nossa experiência no setor químico e petroquímico, estamos confiantes em oferecer uma solução vencedora”, finaliza.
Fonte: Connectare Comunicação