Horário de verão. Cinco anos depois do fim do horário de verão, o tema volta à pauta da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) prevista para quinta-feira
O adiantamento dos relógios retornou às discussões do setor elétrico em meio à seca, que afeta a geração hidrelétrica e demanda maior uso de termelétricas para atender ao pico do consumo por energia, no começo da noite.
A reunião extraordinária do CMSE vai acontecer na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), no Rio de Janeiro, e deve debater novas medidas para lidar com os impactos da estiagem no setor.
A última reunião do comitê ocorreu há duas semanas, em 3 de setembro, e aprovou ações para garantir a segurança energética no período seco.
Os reservatórios das usinas hidrelétricas devem chegar ao fim de setembro em níveis abaixo do esperado no começo do mês, conforme mostramos na edição de terça-feira (17/9).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem defendido o debate sobre o horário de verão nas últimas semanas.
Alguns setores econômicos vem pressionando o governo pelo adiantamento dos relógios, pois se beneficiam diretamente das horas a mais de luminosidade natural. É o caso do setor de bares e restaurantes, por exemplo.
Em 2019, último ano em que o horário de verão foi adotado, notas técnicas apontaram que a medida não levou à redução da carga de energia. Pelo contrário, pode ter contribuído para um aumento na demanda, segundo os estudos.
E você: é a favor ou contra o retorno do horário de verão?