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11/04/2022
O Governo do Estado de São Paulo realizou, em 2021, um investimento recorde de R$ 52 milhões nos órgãos de pesquisa ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Deste montante, a APTA Regional recebeu um aporte de cerca de R$ 2 milhões, usados tanto na manutenção da estrutura de suas unidades quanto para impulsionar pesquisas em produção rural sustentável. O foco são os projetos com ILPF, que receberam mais de R$ 940 mil.
“Esse é um projeto muito importante para nós, que envolve dez das nossas dezoito unidades de pesquisa”, afirma Keila Maria Roncato Duarte, diretora de Gestão de Pesquisa da APTA Regional. Ela conta que a maior parte dessas unidades já possuía as áreas com espécies florestais e o recurso chegou para viabilizar que se tornassem produtivas as partes de pecuária e lavoura. Para tanto, foram comprados materiais para confecção de cercas, possibilitando a adequação de piquetes para pastejo, sementes, insumos para plantio e preparo da terra. “As culturas já estão crescendo e sendo pastejadas. Agora se abre um leque de possibilidades para pesquisa”, anima-se Keila. Conforme relata, o projeto foi idealizado e planejado por Daniel Gomes, diretor geral da APTA Regional, e Silvio Tavares, pesquisador.
A diretora, que também é pesquisadora científica da APTA Regional, explica que o ILPF é um sistema que traz vantagens do ponto de vista ambiental e econômico, e por isso tem recebido bastante atenção. “Em meio às espécies florestais, você consegue cultivar grãos como a soja, a pastagem e colocar o gado, enquanto espera que as árvores cresçam para obter outra fonte de renda, seja vendendo a madeira ou usando-a na manutenção da propriedade, na forma de cercas, mourões etc”, menciona Keila. Ela acrescenta que o ILPF é um sistema extremamente sustentável, pois as espécies florestais trazem enriquecimento para o ambiente, além de sombra para o gado, fator importante de bem-estar animal. Do outro lado, o rebanho aduba a terra e ajuda a promover maior brotamento das plantas cultivadas. “É um ciclo, um sistema que visa à sustentabilidade”, resume.
A pesquisadora conta que o diferencial do projeto é poder fazer testes em diversas regiões geográficas do Estado, uma vez que as unidades estão localizadas desde Andradina, no extremo-oeste, até Itapetininga, no centro-sul paulista. “Nas unidades, estamos trazendo o gado para pastejar para que possamos ter noção de qual capim vai melhor debaixo de qual floresta, qual espaçamento é melhor para o gado se alimentar dentro do sistema e qual tipo de capim vai bem junto com milheto, ou sorgo, por exemplo”, elenca Keila. Junto a isso, questões como influência do clima e solo em ILPF são estudadas e fornecem uma grande base de informações sobre o território paulista. “Quando se pensou nesse projeto, avaliamos que seria muito interessante termos esses dados para o estado de São Paulo, pois são informações das quais ainda não dispomos e por isso acabamos tendo que copiar de outros sistemas”, avalia.
A diretora aponta que o restante dos investimentos (pouco mais de R$1 milhão) foi convertido principalmente em cercas para as fazendas de diversas Unidades de Pesquisa da APTA Regional, que possuem áreas bastante extensas e requerem manutenção frequente, o que deve se refletir em maior segurança para as pessoas que trabalham nas Unidades e proteção do patrimônio do estado.
Fonte: Assessoria de Imprensa APTA