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09/05/2019
Ainda existem questionamentos, no setor sucroenergético, em relação à performance do plantio mecanizado de cana-de-açúcar. Há até quem alardeie que o interesse pelo plantio manual estaria crescendo novamente, porque algumas unidades produtoras e produtores de cana têm desistido da operação mecanizada. “Está muito claro que isto só aconteceu com quem não fez direito o plantio mecanizado, com quem não aprendeu a tecnologia”, enfatiza o engenheiro agrônomo Auro Pereira Pardinho, gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas.
Segundo ele, usinas e produtores que realizam o plantio mecanizado de maneira correta estão obtendo resultados bastante positivos. Custo por hectare bem abaixo do plantio manual e quantidade de mudas próxima a que é utilizada pela operação não mecanizada são os principais motivos da consolidação do plantio automatizado em diversas regiões produtoras de cana do país – afirma.
Um encontro técnico sobre diferentes modalidades de plantio, realizado recentemente em Ribeirão Preto, SP, demonstrou que uma unidade produtora, que adota a operação manual há muitos anos, tem um custo de R$ 8,3 mil por hectare – relata. Enquanto isto, outra usina – que faz o plantio mecanizado – gasta R$ 4,5 mil por hectare, ou seja, apresenta um custo de quase 46% mais baixo em relação à operação manual. Como o plantio manual é mais barato? – indaga Auro Pardinho.
Além do custo, a quantidade de mudas utilizada no plantio mecanizado é outro tabu que está sendo quebrado. A maioria das usinas que trabalha com a plantadora da DMB utiliza em torno de 12 toneladas por hectare, que é similar ao consumo no plantio manual – destaca o gerente de marketing da empresa. Em diversos casos, o volume de mudas no plantio mecanizado já está caindo para 11 ou até mesmo 10 toneladas por hectare.
Alta performance no plantio mecanizado não está ocorrendo por acaso. Usinas e produtores estão conseguindo resultados satisfatórios, a partir de um conjunto de medidas, que inclui o uso de mudas sadias, cuidados com a colheita dessas mudas, aplicação de fungicida, inseticida e herbicida de maneira correta, preparo de solo adequado.
“É fundamental a utilização de muda de qualidade, na idade certa. A colheita dessa muda deve ser feita com o uso de colhedora preparada para essa operação. Para que não ocorram danos às mudas, é importante que a máquina faça a colheita com velocidade baixa”, ressalta.
O plantio mecanizado é uma operação bastante positiva – avalia. “É preciso ter gestão, acreditar, treinar a equipe, fazer bem-feito e aceitar o que a DMB recomenda sobre a sua plantadora. Quem faz isto, tem sucesso. Quem não faz, tem resultados negativos, volta para o manual e fala que o plantio mecanizado não serve, que consome muita muda, que é muito caro”, comenta.
Controlador de taxa fixa - Além da adoção das melhores práticas que fazem parte do processo de plantio de cana-de-açúcar, a utilização de equipamentos com tecnologia avançada é essencial para que a operação mecanizada seja bem-sucedida. Auro Pardinho destaca que a garantia de bons resultados no plantio mecanizado, ou seja, redução de custos, diminuição do consumo de mudas e ausência de falhas, está diretamente relacionada à utilização da Plantadora de Cana Picada PCP 6000 Automatizada, da DMB.
Essa plantadora possui um eficiente sistema de distribuição de toletes, possibilitando que seja depositada no sulco somente a cana necessária para o plantio. “A PCP 6000 Automatizada realiza uma distribuição uniforme de toletes sem deixar falha. A DMB está sempre procurando inovar, incorporando tecnologias que aprimoram o desempenho da máquina”, destaca.
A novidade mais recente da plantadora é o controlador de taxa fixa – que foi lançado na Agrishow 2019 –, que mantém as dosagens calibradas e programadas de insumos (adubo, calcário e inseticida) e de mudas de cana, mesmo que ocorra a alteração da velocidade do trator. “É mais uma tecnologia para garantir a distribuição uniforme de toletes, que favorece a redução do consumo de mudas no plantio”, afirma. Esse novo recurso (opcional) foi desenvolvido e adaptado pela Engenharia da empresa para elevar ainda mais a eficiência operacional da PCP 6000 Automatizada.
Outra inovação – incorporada recentemente à plantadora – são as caixas para aplicação de calcário no sulco de plantio, que promove ganhos significativos de produtividade. Esse sistema de aplicação de calcário da plantadora possui duas caixas, que têm capacidade de 300 quilos cada uma, em média, dependendo das características e o tipo do insumo utilizado – detalha Auro Pardinho.
A plantadora da DMB possui também o sulcador com dispositivo destorroador – lançado no ano passado –, que aprimora, simplifica e barateia o preparo do solo. O uso desse acessório cria um ambiente propicio para a brotação da gema, reduzindo o número de falhas e a quantidade de mudas utilizadas no plantio. O sulcador com dispositivo destorroador diminui também as operações convencionais de preparo do solo. Pode ser adquirido com a plantadora ou separadamente, caso o produtor ou a usina já possua a PCP 6000 Automatizada.
Todas essas melhorias foram adicionadas aos recursos originais da máquina, como o conjunto aplicador – que possibilita o emprego de inseticidas contra pragas de solo – composto por um tanque de 600 litros de capacidade e bomba de pistão acionada por motor hidráulico, agora também com todo o sistema equipado com engate rápido com corte da aplicação por sucção à vácuo e programação para retrolavagem de todo o sistema.
A PCP 6000 Automatizada possui ainda adubadora tipo caixa em aço inox com capacidade para aproximadamente 1.250 quilos, com sensor de nível de adubo e distribuição por rosca sem fim ou esteiras. Opcionalmente a plantadora pode ser equipada com um kit para banho de fungicida nas calhas das bicas por onde passam os rebolos antes de caírem nos sulcos de plantio.
Lançada em 2014, a PCP 6000 Automatizada revolucionou o plantio mecanizado de cana-de-açúcar, tornou-se uma máquina multifuncional e tem sido uma importante aliada de usinas e produtores na incessante “batalha” pela redução de custos e elevação da eficiência operacional no processo de produção de cana-de-açúcar.
Fonte: CanaOnline