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25/02/2021
Uma pesquisa realizada pela Spark Inteligência Estratégica aponta que esse mercado movimentou R$ 930 milhões na safra 2019/20, um incremento de 4,6% em reais. E a área potencial tratada cresceu 23%, para 19,4 milhões de hectares. Outros dados compilados pela Spark, fornecidos pelo Ministério da Agricultura, mostram que nos últimos 5 anos foram registrados 199 produtos biológicos no Brasil, ante 70 de 2005 a 2014.
“O manejo integrado de pragas tem sido a palavra-chave da última década no agronegócio. O setor de biológico no Brasil vem crescendo em média 15% ao ano e deve chegar a R$ 776 milhões em 2020, segundo projeção da CropLife Brasil, associação formada por especialistas e empresas de produtos biológicos, defensivos químicos, biotecnologia e germoplasma”, afirma Caroline Badra, sócia especialista em agronegócio da FESA Group, consultoria especializada em gestão de talentos e desenvolvimento organizacional.
De acordo com Caroline, esse movimento pressiona por profissionais mais especializados, aumentando a busca e a disputa entre as empresas. “Para nós é sempre um desafio quando um nicho da cadeia agro desponta, pois abre uma disputa por bons profissionais em um mercado restrito. Mas essa disputa acaba gerando uma busca mútua, ou seja, das empresas por bons profissionais e dos profissionais por empresas que estejam alinhadas aos seus propósitos pessoal e profissional”, comenta.
A busca por profissionais
Para a headhunter, um produto com alto valor biotecnológico requer conhecimento aprofundado dos profissionais desse setor. Ela destaca que, além das buscas por profissionais de fora, as empresas estão investindo na qualificação interna. “No mercado tradicional de defensivos químicos temos grandes players investindo na formação de profissionais há mais décadas, há uma consolidação do perfil executivo nesta área. Já no mercado de biológicos, há grandes oportunidades para desenvolvimento e formação de profissionais. Os investimentos são mais recentes e há escassez de talentos nesse setor”, afirma.
Para virar o jogo contra essa escassez de profissionais, as empresas estão se movimentando para localizar e atrair esses candidatos em busca de ampliar e qualificar suas equipes. Em comparação com o ano passado, houve aumento nas posições para atuação nesse setor, dados da FESA Group apresentam crescimento de 36% para posições em início de carreira gerencial, e de 2% para cargos de alta gestão.
“Grandes players do setor nos procuram, pois temos conhecimento de cada nicho da cadeia de agronegócio. Nos dedicamos a encontrar perfis que aportem expertise e soft skills de outras partes da cadeia agro, possibilitando que se adaptem rapidamente ao cenário de um novo modelo de manejo de controle de pragas e doenças. É o movimento do mercado, o produtor busca por soluções sustentaveis. O profissional, assim como o setor, precisa quebrar paradigmas e construir junto com o produtor rural novas possibilidades. Esse é o caminho”, diz Caroline.
Atuação na qualificação interna dos profissionais
Uma empresa que está educando o segmento e elevando o nível dos profissionais para atuarem nesse nicho é a Koppert, de acordo com Caroline. “A empresa promoveu uma iniciativa no Vale de Piracicaba para reforçar este posicionamento e fomentar inovação, disseminando a cultura de biológicos. Com isso, estão formando novos profissionais com visão holística entre acadêmico e corporativo, o que só traz benefícios para toda a cadeia. Diversidade gera riqueza e as inovações biológicas devem impactar positivamente o agronegócio brasileiro”, conclui a headhunter.
Fonte: FESA Group
Fonte: FESA Group