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23/09/2021
O ano era 1956 e o local São Bernardo do Campo. Ali foi erguida a primeira fábrica brasileira da Mercedes-Benz, há 65 anos. A inauguração oficial aconteceu em 28 de setembro com a presença do então presidente Juscelino Kubitschek, empossado naquele ano. O modelo escolhido para iniciar a produção foi o L 312, o famoso “Torpedo”, já equipado com motor diesel de injeção indireta e seis cilindros em linha, quando a maioria dos concorrentes ainda era a gasolina.
Em seguida vieram outros projetos bem sucedidos de caminhões, como o LP 321 na década de 60 (um cabine avançada), o 1519 (com seu peculiar motor MB OM-355/5 de cinco cilindros) e o L 1111.
Na década de 70, a Mercedes-Benz do Brasil lançou o lendário L 1113, o modelo campeão da marca junto ao L 1111, com 240 mil unidades vendidas até 1987, muitos ainda em atividade e contribuindo com protagonismo da estrela já que quatro de cada dez caminhões em circulação no País são Mercedes.
Em 1972, a marca inovou lançando o primeiro caminhão leve do Brasil com motor a diesel, o L 608 D, chamado carinhosamente de “Mercedinho”. Ainda na década de 70, lançou também o primeiro cavalo mecânico para carretas de três eixos, o LS 1924, seguido, a partir da década de 80, do L 1618, e, na década seguinte, do LS 1935.
Em 1996, com a queda do dólar, a Mercedes decidiu importar seu frontal alemão da linha SK, o 2038S, com motor V8, que já estava sendo substituído pela linha Actros na Europa. Em seguida, lançou o LS 1938 4X2, primeiro nacional com sistema eletrônico de injeção e freios a disco nos dois eixos. Seus sucessores, o LS 1634 e o Atron LS 1635, foram os últimos bicudos (cabine semi avançada) e, junto com o 2324, já se despediram da linha de São Bernardo.
Nestes 65 anos de operação no Brasil a Mercedes-Benz produziu cerca de 1,8 milhões de Veículos Comerciais, sendo 1,3 milhões de Caminhões e 500 mil Ônibus. É a fabricante mais completa de comerciais produzindo atualmente veículos de uma a 500 toneladas para todas as necessidades, capazes de transportar uma pessoa – num automóvel – ou até mais de 200 passageiros, num ônibus superarticulado.
Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da montadora, diz que “a Mercedes-Benz é uma senhora de 65 anos com cabeça de 18”. E explica: “Temos muita abertura para criar. Com todo o imenso potencial de engenharia da marca, posso dizer que estamos sempre atentos para ouvir quem compra, quem dirige e quem vende nossos produtos”. Daí a origem de um dos slogans mais recentes da montadora: ‘As estradas falam e a Mercedes-Benz ouve cada voz’”.
Nesta trajetória de pioneirismo, a Mercedes-Benz inovou mais uma vez ao introduzir no mercado brasileiro, na histórica Fenatran de 2019, o Novo Actros com o MirrorCam, disponível opcionalmente para os clientes. Trata-se de um sistema de câmeras digitais que substitui os espelhos retrovisores convencionais do caminhão, trazendo mais segurança nas estradas e nas manobras, tanto nas vias quanto nos pátios das empresas e das centrais de logística.
O extrapesado da Mercedes-Benz tem se destacado no Brasil por ser o caminhão mais seguro do mercado, pois sai de fábrica com 16 avançadas tecnologias de segurança ativa que são de série, evitam acidentes e protegem vidas, como os Assistentes Ativo de Frenagem (ABA 5 – único do mercado que identifica veículos, pedestres e objetos à sua frente e freia sozinho, caso o motorista não tome a ação necessária), Ponto Cego, Fadiga e o Programa Eletrônico de Estabilidade ESP. O modelo ainda oferece os já conhecidos Controle de Proximidade e Assistente de Faixa de Rolagem.
De olho no futuro, a Mercedes-Benz Trucks celebrou recentemente a estreia mundial de seu eActros, caminhão elétrico movido a bateria para transporte pesado em serviços de distribuição, o primeiro de produção em série que leva a estrela.
No coração tecnológico do eActros está a unidade de propulsão com dois motores elétricos integrados e uma transmissão de duas marchas. A propulsão elétrica silenciosa e livre de emissões faz com que o caminhão também possa ser usado para entregas noturnas e consiga entrar em centros urbanos que tenham restrição de circulação de veículos a diesel. Dependendo da versão, o eActros utiliza três ou quatro baterias – cada uma com uma capacidade de cerca de 105 kWh. Graças a uma capacidade máxima de 420 kWh, uma autonomia de até 400 quilômetros é possível. Com uma capacidade de carga de 160 kW, as três baterias precisam de um pouco mais de uma hora para carregar de 20 a 80 por cento quando conectadas a uma estação de recarga normal de 400A DC.
Fonte: Carga Pesada