BIOMAS: presença constante nas operações para proteção do Pantanal (foto), desde os anos 1990 empresas aeroagrícolas têm dado fundamental apoio nas ações contra chamas em todo o País. Foto: Divulgação
07/08/2023
O governo do Mato Grosso anunciou em julho o investimento de R$ 7,8 milhões para reforçar as ações de combate a incêndios florestais no Estado. O que inclui a prontidão de quatro aviões (incluindo pessoal de apoio em solo) da empresa Aero Agrícola Rondon, somando-se às duas aeronaves Air Tractor AT-802 operadas pelo Grupo de Aviação Bombeiro Militar (GAvBM) do Estado. Os aparelhos da Rondon são disponibilizados via Defesa Civil, segundo contrato mantido desde 2021 com o Estado (renovado no ano passado e novamente em junho deste ano).
A empresa associada ao Sindag está entre as mais experientes aeroagrícolas do País nesse tipo de operação. Inclusive tendo aparecido em 2020 em um vídeo que viralizou nas redes sociais, mostrando a precisão do lançamento de água para proteger uma ponte na Rodovia Transpantaneira (MT-060). Foi durante as operações para salvar o Pantanal e onde, além da ação direta contra das chamas para proteção do bioma e das pessoas (inclusive os brigadistas em terra), o apoio aéreo manteve seguras as vias de trânsito de pessoal e suprimentos.
DESTAQUES
Em 2021, a empresa também havia se destacado no combate às chamas na região. No mesmo ano e também no Pantanal (mas no vizinho Mato Grosso do Sul), outra associada ao Sindag reforçou a importância da ferramenta aérea nesse tipo de operação. Uma aeronave da Serrana Aviação Agrícola foi decisiva para proteger uma família das chamas que cercavam sua casa, em uma área longe do socorro por terra. Situação parecida com a ocorrida no ano passado, no Rio Grande do Sul, e em várias outros teatros de operações que ocorrem todos os anos no País.
Aliás, no ano passado o Sindag havia divulgado um levantamento apontando que quase 20 milhões de litros de água haviam sido lançados contra as chamas só na temporada de incêndios de 2021. Isso em mais de 10 mil manobras de ataque ao fogo, totalizando quase 4 mil horas voadas nesse tipo de operação naquele ano.
Lembrando que desde a década de 1990 a aviação agrícola tem participado anualmente das operações contra as chamas. Inclusive já com estudos para um protocolo próprio de operações desse tipo no País. Prerrogativa, aliás, presente desde a década de 1960 na legislação do setor.