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24/07/2020
Por Ricardo Muniz Ferreira
Neste momento de mudança abrupta de cenário, com uma conjuntura global sem precedentes imposta à realidade das pessoas e dos negócios, o Setor Sucroenergético tem um papel essencial para o nosso país, assegurando a produção de energia limpa, alimento e produção de combustíveis renováveis.
Com a queda na demanda verificada por conta das medidas de lockdown para combate à pandemia do Coronavirus, o setor está sinalizando a necessidade de readequação de algumas condições originalmente previstas, já que o impacto na economia implica forte redução de demanda e preços comprimidos, levando a reavaliação de projeções e consequentes ajustes.
Embora ainda não estejam claros, neste momento, todos os impactos que esta crise trará para as operações das usinas já podemos listar:
1- Disponibilidade de cana 2020 será maior que a da safra anterior;
2- Maximização produção de açúcar. Aumento de 40 a 50% com relação à safra anterior;
3- Com a maximização da produção de açúcar, a logística atual será suficiente?;
4- Existirá demanda para esse aumento de produção?;
5- Necessidade de reposicionamento de alguns containers parados em países com situação de lockdown;
6- Nos patamares atuais de demanda deprimida, em aproximadamente 4 meses a armazenagem do etanol. Temos capacidade de tancagem para tanto tempo?;
7- Etanol: Necessidade de soluções de Governo/Políticas Públicas.
Por isso, precisamos nos readequar à nova realidade, para podermos superar juntos esta fase e estarmos preparados para a retomada, respeitando a relação sólida construída ao longo dos anos.
As usinas com bom planejamento financeiro estão com uma boa posição de caixa favorável, oriunda dos bons preços da comercialização da safra passada e do custo de produção reduzido, motivado pelo aumento de produtividade tanto na área agrícola como industrial.
A estratégia dessas usinas deve ser a maximização da produção de açúcar no primeiro trimestre e carregar o etanol para o segundo semestre quando a perspectiva é de preços melhores. Para isso funcionar terão que ter capacidade de tancagem para armazenar o etanol até lá.
Já as usinas com baixa liquidez, alta alavancagem e inflexibilidade no mix podem sofrer um golpe duro nesse cenário de preços.
Para esse grupo de empresas as opções serão corte de capex e da cana bis, "estocagem do ativo biológico". Entretanto essa estratégia compromete a produtividade e rentabilidade da presente safra e de forma importante da próximo .
Caixa vai ser a palavra principal para a operação em um momento de desafios tão grandes.
Momento de mudanças inesperadas exigem respostas rápidas da cadeia produtiva que já está se adaptando a essa nova realidade e das autoridades para que juntos com os empresários encontrem soluções e políticas pública que possam socorrer o setor a enfrentar os efeitos dessa pandemia.
As empresas da cadeia produtiva já estão focadas em fortalecer suas parcerias estratégicas.
A Siemens permanece firme em seus propósitos e em nossas parcerias!
Esse momento vai passar!
* Ricardo Muniz Ferreira é Corporate Manager Agrobusiness da Siemens Energy
Fonte: Assessoria de Imprensa da Siemens Energy - Agência In Press Porter Novelli
Fonte: Assessoria de Imprensa da Siemens Energy - Agência In Press Porter Novelli