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21/11/2022
Na região dos Campos Gerais, no Paraná, uma parceria entre a Vapza, companhia especializada em alimentos cozidos no vapor e embalados a vácuo, e a Cooperativa Castrolanda permite utilizar resíduos orgânicos da produção industrial para gerar biogás destinado à energia elétrica. A energia gerada no processo consegue abastecer o equivalente a demanda elétrica de 120 casas ao mês com o reaproveitamento de 100 toneladas de resíduo industrial.
“A parceria surgiu a partir da busca por novas alternativas de destinação de resíduos e encontramos no biodigestor a melhor escolha, pois ele é considerado a forma mais limpa e sustentável de destinação de resíduos orgânicos, sendo a única com pegada de carbono negativa”, comenta o CEO da Vapza, Enrico Milani.
A energia é direcionada para a Cooperativa de Geração Compartilhada de Energia Elétrica (Cogecom), responsável por receber o insumo também de outras usinas que atuam de forma renovável e direcionar aos clientes que acessam os créditos em suas faturas.
O biogás gerado é constituído principalmente por metano, gás carbônico e sulfeto de hidrogênio. O sulfeto, por ser um elemento corrosivo, precisa ser removido e, por isso, o biogás passa por um tratamento com filtros de carvão ativado. Em sequência, o biogás já tratado alimenta os motogeradores a combustão, que utilizam o metano proveniente desse processo para a geração de energia.
O Coordenador de Energias Renováveis da Castrolanda, Gilvan Plodowski, explica que o biodigestor da unidade industrial da Cooperativa tem capacidade para recebimento de resíduos de terceiros, viabilizando a parceira com a Vapza. “O mais interessante é que se trata de um modelo de tratamento de resíduos que é circular, ou seja, nada se perde. O resíduo recebido passa por fermentação e gera biogás, que é convertido em energia elétrica. Já o material fermentado vira biofertilizante que é aplicado nas lavouras dos cooperados”, explica Plodowski.
O biogás tem ganhado espaço no Brasil como fonte limpa de energia. Segundo dados do CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás), em 2021, o país produziu 2,35 bilhões de Nm³ (metro cúbico normal) do composto e chegou a 755 plantas em operação. De acordo com a entidade, o aumento na produção foi de 10% em comparação com o ano anterior.
A parceria foi iniciada em julho deste ano a partir da destinação de resíduos orgânicos da Vapza. Para ser inserido no biodigestor da Castrolanda, o composto é homogeneizado e dosado de forma contínua. No equipamento, ocorre um processo biológico de decomposição anaeróbia da matéria orgânica, gerando biogás e biofertilizante.
A Vapza tem realizado investimentos para promover o desenvolvimento sustentável. No início deste ano, a empresa recebeu certificação “Aterro Zero” em razão do reaproveitamento de todo o resíduo industrial da companhia. Outra iniciativa que preza pela sustentabilidade é a parceria com a ACMRC (Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Castro), que promove a doação de recicláveis como papel, plástico, vidros e eletrônicos gerados na fábrica a catadores de resíduos sólidos.
“Com essas mudanças, esperamos evoluir e agregar com ações cada vez mais sustentáveis. Acreditamos que com pequenas atitudes, juntos podemos transformar o mundo em um lugar melhor”, finaliza Milani.
Fonte: Assessoria de Imprensa Vapza Alimentos