Os contratos futuros do petróleo encerraram o dia em queda, estendendo as perdas da sessão anterior, com os investidores avaliando dados decepcionantes sobre o uso de gasolina nos Estados Unidos e observando o aumento das infecções de covid-19 na Índia.
Os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) para o mês de junho terminaram a sessão em baixa de 1,40%, a US$ 64,71 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Na ICE, em Londres, os preços do Brent para julho recuaram 1,26%, negociados a US$ 68,09 o barril.
Na quarta-feira, o Departamento de Energia americano (DoE) reportou uma queda muito maior do que a esperada nos estoques de petróleo bruto, de aproximadamente 8 milhões de barris. Os preços do petróleo demonstraram fraqueza após a divulgação dos dados, que também apontaram que a oferta de gasolina aumentou inesperadamente em 700 mil barris.
"Muitos analistas estão esperando que a demanda aumente conforme a economia começa a se reabrir e isso não aconteceu pela segunda semana consecutiva", escreveu Robert Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho Securities, em nota.
Ainda assim, Robbie Fraser, gerente global de pesquisa e análise da Schneider Electric, apontou que as refinarias dos EUA "superaram suas taxas médias de operação de cinco anos pela primeira vez desde o início da pandemia. Isso pode ser promissor a longo prazo", disse ele em uma nota.
"As taxas de utilização das refinarias costumam atingir o pico durante o verão do hemisfério norte, à medida que aumenta a demanda de viagens e por produtos como combustível para aviões e gasolina", disse Fraser.
Enquanto isso, os investidores também estão de olho na Índia, onde o número de novos casos confirmados na quinta-feira foi de 412 mil. O Ministério da Saúde do país também registrou 3.980 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total do país para 230.168. Especialistas acreditam que o número de casos e mortes na Índia seja subestimado.
A Índia é o terceiro maior importador de petróleo do mundo. Relatos apontam que a Arábia Saudita baixou seu preço oficial de venda do petróleo para a Ásia e Europa, um movimento que pode ter sido, em parte, em resposta ao aumento contínuo de casos na Índia, escreveram analistas do Commerzbank, em nota publicada hoje.
"Os preços oficiais de venda (OSP) para clientes dos EUA atingiram seu nível mais alto desde novembro", disseram eles. "Em outras palavras, a Arábia Saudita vislumbra perspectivas diferentes para esses mercados."
Fonte: Agência UDOP de Notícias por Valor Econômico
Fonte: Agência UDOP de Notícias por Valor Econômico