O mercado de terras agrícolas no Brasil registrou alta expressiva nos últimos cinco anos, de acordo com estudo da Scot Consultoria. O valor médio do hectare para agricultura subiu 113%, de R$ 14.818,10, em julho de 2019, para R$ 31.609,87 em 2024. Já as áreas destinadas a pastagens tiveram aumento ainda maior, de 116%, passando de R$ 8.267,14 para R$ 17.886,94 no mesmo período.
Essa valorização posicionou a compra de terras como um dos investimentos mais lucrativos do período. Segundo levantamento do Valor Data, a alta superou a performance de aplicações tradicionais como o Ibovespa (25,89%), poupança (28,66%), dólar comercial (47,27%) e CDI (48,79%). Apenas a NTN-B com vencimento em 2029, com retorno de 60,29%, conseguiu superar o desempenho em alguns estados, como Santa Catarina (52,9%) e Pernambuco (54,8%).
O aumento significativo reflete a relevância do agronegócio e a crescente busca por áreas produtivas, consolidando as terras como um ativo valioso. No entanto, a alta também eleva os desafios para pequenos produtores e novos investidores, que enfrentam barreiras de custo para entrada no setor. Para comentar esse cenário, colocamos à disposição Thays Moura - sócia da startup de crédito rural Agree, que tem mais de 15 anos de experiência na captação de recursos para o agronegócio e já alcançou R$ 1 bi em limites de crédito aprovado desde a fundação da fintech.