No primeiro trimestre, demanda nos EUA aumentou valores dos adubos
O aumento da demanda por fertilizantes nos Estados Unidos deu um tom de alta para os preços desses insumos em março, disse Felipe Sawaia, analista da StoneX, em relatório. As entregas de adubos para o plantio da próxima safra americana se concentram em março e abril. No entanto, a perspectiva para o segundo trimestre é de queda nas cotações.
No primeiro trimestre de 2024, os fertilizantes nitrogenados já registraram uma forte alta no Brasil, com a ureia subindo 13%. Os fosfatados e potássicos registraram leves alterações, com o MAP subindo 1% e o KCI recuando 1%, respectivamente.
No caso do potássio, além das compras americanas, as altas no Brasil foram influenciadas pelo aquecimento pontual da demanda interna, impulsionado tanto por pressão dos vendedores, como pela atratividade das relações de troca. Além disso, a Mosaic anunciou um corte na produção na mina de Colonsay, no Canadá.
A projeção para o segundo trimestre é de poucos compradores no mercado. Segundo a consultoria, nenhum dos três grandes importadores — Estados Unidos, Brasil e Índia — costumam fazer grandes compras nesse período. Os produtores brasileiros e indianos devem ir às compras na segunda metade do ano, pouco antes do início do plantio das safras de soja e kharif, respectivamente.
Os fundamentos de oferta também devem apontar para baixo neste trimestre, porque as exportações chinesas de ureia, MAP e DAP devem aumentar significativamente.
A desaceleração do crescimento econômico e, consequentemente, desvalorização para diversas commodities agrícolas e energéticas com alto grau de correlação com os fertilizantes também tendem a jogar os preços para baixo. “A redução nos custos de produção é mais um fator de baixa para os fertilizantes em 2024”, afirmou o analista.