A produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil deve totalizar 2,5 milhões de toneladas na segunda quinzena de junho, refletindo uma queda de 13,6% no ano, uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights com 10 analistas mostrou em 8 de julho.
Durante o levantamento, a estimativa de moagem de cana variou de 41,0 milhões de toneladas para 46,9 milhões de toneladas para a segunda quinzena do mês. A estimativa média era de uma moagem total de cana de 42,6 milhões de toneladas, uma queda de 6,3% no ano.
O clima no Centro-Sul foi favorável para a moagem durante o período, com menos de um dia esperado para chuva e cerca de 250-255 usinas ativas.
"O clima foi favorável, permitindo que as usinas maximizassem a moagem", de acordo com a Platts Analytics. "As variáveis mais esperadas pelo mercado na segunda quinzena de junho são a evolução do ATR, que ficou abaixo do esperado nas quinzenas anteriores, e o mix de açúcar após a mais recente queda do preço do etanol."
A proporção de cana utilizada para a produção de açúcar deverá ser de 45,3%, abaixo dos 47,6% do ano anterior. Os produtores brasileiros aproveitaram a recente alta do preço do etanol durante os estágios iniciais da safra, mas agora as usinas devem começar a direcionar mais sua moagem de cana para a produção de açúcar.
A Platts avaliou o etanol hidratado em usina de Ribeirão Preto convertido em açúcar bruto equivalente a 16,23 centavos/lb em 7 de julho, de acordo com dados da S&P Global. O contrato futuro de açúcar de outubro NY11 fechou em 7 de julho a 18,52 centavos/lb.
O prêmio do açúcar para a produção de etanol se aproximaria de 1,40 centavos/lb se os créditos de descarbonização fossem adicionados ao cálculo do prêmio. O CBIO, equivalente a 1 mt de CO2 não lançado na atmosfera, é um instrumento emitido por produtores e importadores de biocombustíveis para garantir que o Brasil atinja suas metas de descarbonização.
O açúcar recuperável por tonelada de cana-de-açúcar, ou ATR, deverá ser de 137,3 kg/mt, uma redução de 3,1% no ano.
A produção total de etanol da cana-de-açúcar deverá ser de 1,98 bilhão de litros, queda de 6,0%. A produção de etanol hidratado estava prevista para 1,24 bilhão de litros, segundo a média das respostas dos analistas à pesquisa. Isso representaria uma queda de 0,3% no ano. A produção de etanol anidro era de 737 milhões de litros, 14,2% menor no ano, segundo o levantamento.
A UNICA deve divulgar seus números oficiais de produção no início da próxima semana.
Fonte: Assessoria de Imprensa S&P Global Commodity Insights - Edelman Brasil