A norma ISO 17.491-4, da International Organization Standartization, que trata de padrões de segurança para vestimentas protetivas agrícolas, está sob revisão. Participam do estudo, com foco na confiabilidade de testes empregados em avaliações de qualidade desses produtos, pesquisadores do Brasil e mais quatro países: Bélgica, Estados Unidos, Japão e Luxemburgo. Vestimentas agrícolas são equipamentos de proteção individual (EPI) utilizados nas aplicações de defensivos agrícolas ou agrotóxicos.
Representante do Brasil no grupo de trabalho global WG3, no âmbito da ISO, que está à frente dos esforços para a eventual modificação da norma, o pesquisador Hamilton Ramos assinala que a iniciativa da entidade certificadora internacional, em fase conclusiva, analisou diversos modelos de vestimentas com intuito de validar alterações propostas.
Ramos atua como pesquisador científico e coordenador do programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura. O chamado “Quepia”, abrigado na cidade de Jundiaí, une o setor privado ao Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
“A principal questão em discussão na ISO reside na validação de dados, resultantes de testes efetuados em uma cabine especial. Este equipamento possibilita simular aplicações de defensivos agrícolas em laboratório. Permite ainda observar e medir impactos de pulverizações na exposição do trabalhador a riscos, atrelados à modelagem inadequada de vestimentas”, informa Ramos.
Segundo Ramos, no dia 10 de março próximo, cientistas-membros do WG 3 se reunirão, virtualmente, para comparar resultados obtidos nos diferentes laboratórios e países, e com isso definir pela alteração ou não da ISO 17.491-4, ou, ainda, indicar a necessidade de prosseguimento de estudos.
“Acreditamos que o Comitê aprovará a revisão. Evidências relevantes ensejam a necessidade de agregar ganhos quantitativos e qualitativos aos testes aplicados sobre EPI agrícolas e as alterações permitem isso”, conclui Ramos.
O laboratório científico do programa IAC-Quepia é considerado um dos mais modernos no mundo. Além de fazer estudos de conformidade aplicados a EPI agrícolas, o centro de pesquisas de Jundiaí está habilitado a fornecer um selo de qualidade (IAC-Quepia) a produtos aprovados no programa. De acordo com especialistas da área, o selo IAC-Quepia constitui a principal e mais confiável certificação de qualidade expedida no Brasil a vestimentas protetivas agrícolas.
Fonte: Assessoria de Imprensa Programa IAC-QUEPIA - Bureau de Ideias
Fonte: Assessoria de Imprensa Programa IAC-QUEPIA - Bureau de Ideias