Após meses figurando entre as hortaliças que inflacionavam as compras no mercado, a batata começa a ficar mais barata nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). A notícia chega para alívio dos consumidores que vinham enfrentando percentuais altos no quilo da leguminosa desde o início do ano. Os números foram divulgados nesta terça-feira (19), no boletim mensal do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com a pesquisa, a redução iniciou em maio e, em outubro, todos os atacadistas avaliados no país já mostram quedas nos valores, que oscilaram entre 4,54% e 16,58%. Com isso, o quilo da batata chegou a R$ 1,36 em Minas Gerais e R$ 1,82 no Espírito Santo. A única exceção foi o estado do Ceará, que segue com os mesmos preços do mês anterior.
A cebola, item garantido nas cestas de compras desde as baixas de preços no mês passado, continua com movimento de queda. Os índices chegam a 21,90% em Goiás até 35,38% em Pernambuco. Com estas reduções, em algumas Ceasas, os preços do bulbo alcançaram os menores valores de 2019, chegando a R$ 1,68/Kg em Recife/PE. Os preços da cenoura também tiveram tendência de baixa, sendo que em todos os mercados houve declínio, alcançando percentual de até 29,94% na CeasaMinas – Belo Horizonte. Finalmente, para a alface a maior queda de preços foi registrada na Ceasa/CE – Fortaleza (42%), seguida da CeasaMinas (9,20%) e da Ceagesp – São Paulo (4,14%).
Frutas – De acordo com o Boletim, apesar da oferta controlada, a comercialização da laranja registrou preços um pouco mais elevados em relação aos meses anteriores. A melancia passou por elevação de preços em razão da diminuição da safra em Uruana/GO. No caso da banana houve maior oferta, tanto para a nanica quanto para a prata. Quanto à primeira, houve leve queda de preços. Já na variedade prata ocorreu o amadurecimento rápido causado pelas altas temperaturas e picos de colheita em praças baianas e mineiras. Outra fruta com bons descontos é o mamão, que foi bastante comercializado nas duas variedades, papaya e formosa. A alta oferta é originária também do amadurecimento acelerado decorrente do calor, além da baixa qualidade.
O volume de exportação de frutas acumulado no Brasil até outubro de 2019 foi 12,87% maior em relação ao mesmo período de 2018, e valor auferido em dólares aumentou 1,32%. Destaque para o crescimento do volume das exportações de melão, mangas, limões e limas, banana e melancia, e queda para maçã, mamão e laranja.
Os dados do Prohort foram coletados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Ceará, Pernambuco e no Distrito Federal.