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25/10/2024
Por Com informações da assessoria de imprensa
Com informações da assessoria de imprensa
O estresse provocado pelas intensas variações climáticas representa uma temível ameaça para a saúde dos rebanhos, inclusive em relação ao surgimento da mais importante doença da pecuária leiteira, a mastite – inflamação da glândula mamária que afeta diretamente a produção de leite. "Mudanças bruscas de temperatura, ondas de calor ou altos índices de umidade. Todas essas oscilações bruscas compõem o ambiente ideal para o desenvolvimento da mastite e de várias outras enfermidades. Isso ocorre porque tais desarranjos climáticos afetam a imunidade das vacas", explica o médico-veterinário Thales Vechiato, gerente de produtos para grandes animais da Pearson Saúde Animal.
"O estressa térmico compromete o sistema imunológico dos animais, o que abre espaço para o surgimento de infeções, como a mastite", explica o veterinário. Em períodos de calor, as vacas mudam de comportamento, reduzem a ingestão de alimentos e aumentam o consumo de água, afetando diretamente o metabolismo e a capacidade de resposta imune. Com o aumento da umidade, principalmente em regiões chuvosas, as condições nas instalações dos animais pioram, favorecendo a proliferação de microrganismos. "A umidade constante nas instalações é outro ponto de atenção, pois facilita o surgimento de patógenos que infectam o úbere e comprometem a produção de leite". Além disso, as variações rápidas de temperatura, conhecidas como “estresse térmico de transição”, afetam o metabolismo das vacas, prejudicando a produção de leite e aumentando o risco de infecções.
Para reduzir os impactos do estresse climático, Thales Vechiato recomenda a adoção de medidas preventivas, como: melhorar a ventilação das instalações, garantir o acesso constante dos animais a água limpa e fresca e monitorar de perto a saúde do rebanho, utilizando soluções de eficácia comprovada.
Nutrição de qualidade e controle parasitário
O último trimestre do ano é o período em que o consumo de carne bovina atinge o mais elevado patamar. É também o momento de chegada das águas, essencial para o aumento da produção de leite. Esses fatores impõem aos pecuaristas o desafio de manter o rebanho ainda mais saudável e produtivo. "Um fator decisivo para garantir a elevada produtividade está na saúde digestiva, influenciada pela suplementação nutricional. Além de impactar o crescimento e a reprodução dos animais, a boa nutrição também é importante para o combate aos implacáveis parasitas, que têm o ambiente perfeito para agir. Esse manejo eficiente contribui para um rebanho mais resistente e eficiente", alerta Vechiato.
O especialista alerta que "os parasitas comprometem a capacidade de os bovinos absorverem nutrientes, o que afeta diretamente o ganho de peso, a produção de leite e até a fertilidade. Se isso não for controlado, os parasitas provocam perdas econômicas indiscutíveis. Uma suplementação que fortaleça a saúde digestiva dos animais é essencial para diminuir os efeitos da ação dos carrapatos, bernes e verminoses, entre outros".
Vechiato ressalta que o sucesso sanitário depende do fornecimento ao rebanho de uma dieta equilibrada em aminoácidos, vitaminas e minerais. "O equilíbrio nutricional fortalece o sistema imunológico dos bovinos, tornando-os mais resistentes às infestações parasitárias de forma natural, sem que os animais sofram o desgaste da infestação."
Ao assegurar que os bovinos estejam bem nutridos e com a saúde digestiva em equilíbrio, o produtor consegue manter a desejada curva de desenvolvimento e a produção de leite nos níveis esperados, mesmo num período de alto desafio parasitário.
Fonte: Revista Terra&Cia