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22/04/2021
A Usina Verde de Compostagem, instalada dentro da fazenda Santa Elisa do Instituto Agronômico (IAC), em Campinas, foi visitada nesta quinta-feira, 22 de abril, pelo secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, e o prefeito de Campinas, Dario Saad. Responsável por produzir adubo orgânico a partir de resíduos de poda de árvores, restos de frutas e lodo de esgoto, a Usina resulta de parceria entre a Prefeitura Municipal e o IAC, que cedeu o espaço para as instalações e oferece suporte técnico para análise química e caracterização do composto resultante.
A Usina tem capacidade para fazer a compostagem de 300 toneladas de resíduos, por dia. Até a inauguração, em novembro de 2020, a unidade atuava em fase de testes e já transformava, diariamente, 100 toneladas de materiais em cerca de 30 toneladas de composto, que pode ser usado em diversas culturas.
Segundo o pesquisador do IAC, Marcio Koiti Chiba, os compostos orgânicos podem ser usados para a maioria das culturas. Porém, se forem utilizados materiais resultantes do tratamento de efluentes no processo de compostagem, a classificação do composto produzido depende do percentual desta matéria-prima. “No caso de compostos com algum resíduo de tratamento sanitário, a utilização se dá de acordo com o estabelecido na legislação e não são recomendados para todas as culturas”, explica. O IAC conduz pesquisas relacionadas com composto orgânico. Neste trabalho, Chiba orienta a pesquisadora, Altina Nascimento, em nível de pós-doutorado, com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
A Usina Verde de Compostagem recebe restos de galharias que resultam de podas de árvores feitas no município, alimentos vencidos das Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) e lodo de esgoto oriundo do tratamento feito pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa). Essas instituições também são parceiras no projeto.
Com essa destinação para a Usina é possível reduzir a quantidade de lixo encaminhada aos aterros sanitários. De acordo com dados da Prefeitura, ao evitar o envio desses resíduos aos aterros, esse projeto deve gerar uma economia de R$ 2 milhões, por mês. Há também o ganho ambiental, visto que é minimizada a emissão de gases prejudiciais, como o gás metano (CH4).
A usina foi finalizada no primeiro trimestre deste ano. A estrutura conta com cobertura de polietileno de alta densidade e transparente. O material, resistente e durável, cobre a estrutura metálica. A área total é de 200 por 75 metros.
De acordo com a Prefeitura, inicialmente o adubo foi utilizado no Viveiro Municipal, no cultivo de espécies arbóreas e de flores, e no IAC, em experimentos. Posteriormente, a adoção foi ampliada e o composto passou a ser usado pelo Departamento de Parques e Jardins (DPJ). Neste, a principal aplicação se dá em canteiros, áreas com plantios de flores, mudas de árvores e trocas de grama.
Para uso comercial do adubo gerado na usina, será necessário obter o credenciamento junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), etapa que caberá à empresa responsável pela atividade.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo