O Plano Safra 2021/22, apresentado nesta semana, trouxe boas novidades para a agricultura irrigada. Com aumentos marcantes do valor dos recursos disponibilizados para linhas de investimento, a edição deste ano soma R$ 1,35 bilhão liberado para o Proirriga, destinado ao fomento da irrigação.
De forma geral, o novo Plano Safra é marcado pela ampliação dos recursos oferecidos. Só para novos investimentos, serão disponibilizados R$ 73,4 bilhões – um aumento de 29% em relação ao ano passado.
Vale ressaltar que o valor total programado para o Plano, de R$ 251,22 bilhões, representa um crescimento de 6,3% face ao da safra 2020/21. Os recursos poderão ser contratados de 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2022.
Irrigação. O Proirriga tem recursos programados com prazo máximo de pagamento de 10 anos, com carência de três anos e taxas de juros de até 7,5% ao ano.
Para Renato Silva, o diretor-presidente da Valmont, empresa líder no setor de agricultura de precisão e irrigação, a avaliação é muito positiva para o segmento da agricultura irrigada. "O governo vem mostrando o interesse de ampliar as linhas voltadas para investimento, e a irrigação ocupa lugar de destaque nesse sentido. O novo Plano Safra deixou muito claro o fomento à agricultura irrigada e ao aumento da produtividade agrícola como um todo", afirma.
A sustentabilidade e a tecnologia também são temas de destaque no Plano Safra deste ano. O Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) registrou um aumento de mais de 100% sobre o valor disponibilizado (são mais de R$ 5 bilhões). Por outro lado, o Inovagro, destinado ao financiamento de inovações tecnológicas no campo, conta com R$ 2,6 bilhões.
Para Fábio Yanagui, o diretor-presidente da divisão solar da Valley, voltada para o desenvolvimento de tecnologias ligadas à energia solar fotovoltaica para o campo, o Plano Safra também está alinhado com a crescente demanda por energia limpa – uma proposta que pode ajudar, por exemplo, a solucionar a crise hídrica, por meio da exploração de fontes energéticas além das usinas hidrelétricas.
“É um fomento para tudo que o Agro nacional precisa: a geração de energia renovável e a implantação de novos projetos tecnológicos capazes de aumentar o acesso a essas fontes de energia e que irão aumentar, com certeza, a produtividade e a sustentabilidade de todo o setor”, avalia.