Pesquisa avalia o uso de diferentes sensores para descobrir limitações de regiões que apresentam predisposição para alta ou baixa produtividade de café. O estudo é realizado no programa de pós-graduação em Engenharia de Sistemas Agrícolas, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP).
A tese do doutorando Maurício Martello, orientada pelo professor José Paulo Molin, foi tema de um dos 10 vídeos selecionados entre os 167 inscritos na primeira edição do Prêmio Vídeo Pós-Graduação USP, que reconhece os melhores vídeos sobre as pesquisas realizadas por alunos de mestrado e doutorado da USP.
“Meu trabalho permite a identificação de novas ferramentas com o potencial para tornar os índices de eficiência produtiva cada vez maiores, atingindo níveis mais elevados de sustentabilidade na produção de café”, disse o doutorando. O trabalho avalia sensores que se dividem em nível terrestre, aéreo e orbital.
As aquisições de dados terrestres permitem estimativa do vigor e da saúde da planta por meio de 14 sensores acoplados num trator agrícola, que permitem obter dados a uma frequência de 5 hertz, ou seja, mais de 250 mil pontos por hora. “Esses sensores já são utilizados em outras culturas, mas no café isso ainda é inédito. A ideia é escanear as linhas das plantas visando identificar sua potencialidade”, explicou o pesquisador.
Com as imagens obtidas em nível aéreo é possível extrair informações como a altura da planta, diâmetro, volume, vigor vegetativo e índices de vegetação, entre outros. Para isso, são utilizadas câmeras RGB e multiespectral embarcadas em drones. “Além das imagens aéreas, são utilizadas também imagens orbitais, permitindo montar um histórico da área desde a sua implantação até os dias atuais utilizando índices de vegetação”, contou Martello.